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terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

coisas simples...com afecto

Chamo-me Maria Elvira, sou casada, mãe de um filho casado, avó de duas gémeas de doze anos.
A minha vida é muito simples mas ainda assim muito feliz, pois também nunca pedi “à vida mais do que ela me pode dar”.
Nasci numa família pobre, pai, mãe e seis filhos. Aos cinco anos de idade, o meu pai faleceu. Não fosse a minha querida mãe trabalhar tanto e fazer tanto sacrifício teríamos passado muito mal. Por isso todos nós, acabada a quarta classe fomos trabalhar. Bordar foi o princípio. Depois aos doze anos fui aprender a costura, coisa que não gostava nada. Com catorze anos fui para um escritório onde me mantive até aos dezoito. Gostava muito de lá estar mas, como precisava de ganhar mais, tendo surgido a oportunidade mudei. Aí senti a necessidade de saber mais do que sabia. Tirei o curso de Guarda Livros no Externato Lusitano do Comércio e fiquei no escritório 36 anos, até que por motivo de doença me reformei.
Hoje, aos sessenta e três, sentindo-me com um pouco mais saúde resolvi aprender informática. Estou a gostar muito!
Nunca tive umas férias a que pudesse chamar férias de sonho. Mas tenho feito férias no campo ou praia como a maioria das pessoas No entanto e por incrível que pareça, as férias que mais recordo são as que passava na casa de uma tia na Feliteira, tinha oito ou nove anos. Porquê? Porque corria livremente pelos campos, acompanhava a minha tia apanhando erva para os coelhos, dando comida à criação...lavando a roupa no rio. Tinha a sensação de liberdade!
Recordo ainda as bonecas de trapos com cabelos de lã que a tia Conceição fazia. Adorava!
Coisas simples, todas elas mas que me deixavam tão feliz!

Elvira (Sapataria)

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