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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

MENSAGEM DE BOAS FESTAS


O Sobral já se encontra iluminado a dar as Boas-Vindas à época festiva que está a chegar. Daqui a pouco mais de uma semana estamos de novo no Natal.
Mais um fim de ano se aproxima e com ele o interregno das aulas do Clube Sobral Sénior Activo.
E para encerrar esta fase do ano, o Município do Sobral uma vez mais nos presenteou no dia 14 com o Lanche-Convívio para os idosos do Concelho. 
Como já tem vindo a ser habitual, o Coro do Clube Sobral Sénior Activo teve a sua intervenção ao dar início a esta agradável tarde.
Quero pois deixar aqui expresso, a todos os meus Colegas e Amigos do Clube, aos nossos Digníssimos Professores, à Câmara Municipal e a todas as pessoas que directa ou indirectamente contribuem para a existência e manutenção do nosso Grupo, os meus votos de UMAS FESTAS FELIZES e que o NOVO ANO que se aproxima traga a todos, e respectivas famílias, muita SAÚDE, PAZ e HARMONIA, a que todos nós aspiramos.
Com um abraço amigo e votos de Felicidades, aqui vos deixo o meu modesto presente de Natal.


Até para o Ano!

Lourdes Henriques 

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Impossível é não Viver


Se te quiserem convencer de que é impossível, diz-lhes que impossível é ficares calado, impossível é não teres voz. Temos direito a viver. Acreditamos nessa certeza com todas as forças do nosso corpo e, mais ainda, com todas as forças da nossa vontade. Viver é um verbo enorme ,longo. Acreditamos em todo o seu tamanho, não prescindimos de um único passo do seu/nosso caminho.
Sabemos bem que é inútil resmungar contra o ecrã do telejornal. O vidro não responde. Por isso, temos outros planos. Temos voz, tantas vozes; temos rosto, tantos rostos. As ruas hão-de receber-nos, serão pequenas para nós. Sabemos formar marés, correntes. Sabemos também que nunca nos foi oferecido nada. Cada conquista foi ganha milímetro a milímetro. Antes de estar à vista de toda a gente, prática e concreta, era sempre impossível, mas viver é acreditar. Temos direito à esperança. Esta vida pertence-nos. 
Além disso, é magnífico estragar a festa aos poderosos. É divertido, saudável, faz bem à pele. Quando eles pensam que já nos distribuíram um lugar, que já está tudo decidido, que nos compraram com falinhas mansas e autocolantes, mostramos-lhes que sabemos gritar. Envergonhamo-los como as crianças de cinco anos envergonham os pais na fila do supermercado. Com a diferença grande de não sermos crianças de cinco anos e com a diferença imensa de eles não serem nossos pais porque os nossos pais, há quase quatro décadas atrás, tiveram de livrar-se dos pais deles. Ou, pelo menos, tentaram.
O único impossível é o que julgarmos que não somos capazes de construir. Temos mãos e um número sem fim de habilidades que podemos fazer com elas. Nenhum desses truques é deixá-las cair ao longo do corpo, guardá-las nos bolsos, estendê-las à caridade. Por isso, não vamos pedir, vamos exigir. Havemos de repetir as vezes que forem necessárias: temos direito a viver. Nunca duvidámos de que somos muito maiores do que o nosso currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de contabilizar aquilo que valemos.
Vida, se nos estás a ouvir, sabe que caminhamos na tua direcção. A nossa liberdade cresce ao acreditarmos e nós crescemos com ela e tu, vida, cresces também. Se te quiserem convencer, vida, de que é impossível, diz-lhes que vamos todos em teu resgate, faremos o que for preciso e diz-lhes que impossível é negarem-te, camuflarem-te com números, diz-lhes que impossível é não teres voz.

José Luís Peixoto, in 'Abraço'