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sexta-feira, 6 de abril de 2012

Heidelberg


Em inglês...memórias de Heidelberg
Como muitos milhares de pessoas neste nosso desgraçado e roubado país, tenho há anos uma filha emigrante na Alemanha.  Entretanto, um neto nasceu e, como não podia deixar de ser, lá vai o avô, de vez em quando, visitar a descendência a Heidelberg.
é mesmo uma padaria

Um mercadinho de rua

Nur (só) peixe e marisco
 de tudo e de todas as cores
Heidelberg, que quanto mais visito mais gosto, é uma cidade de 150 mil habitantes, situada no sudoeste da Alemanha, a meio caminho entre Frankfurt e Estugarda. Implantada num vale ao longo do rio Neckar, rodeada pela floresta “Odenwald” (Wald significa floresta), encravada entre duas colinas de uma beleza rara, não espanta que seja uma das principais atracções turísticas da Alemanha, se bem que seja também um importante pólo industrial. É cidade pelo menos desde o ano de 1196, e a sua Universidade, ainda hoje mundialmente famosa, foi a primeira de toda a Alemanha, tendo sido fundada em 1386, veja só,  100 anos depois da de Coimbra… Rio, colinas, belas paisagens,turistas, indústrias…disso também cá temos, não é por isso que escrevo. Deixe-me só citar o Castelo, as pontes e o Philosophen Weg, o Caminho dos Filósofos, veja no Google. As pessoas são simpatiquíssimas, mas isso também nós somos, não é? Achei, isso sim, que devia trazer-lhe de Heidelberg  algo que, aqui, de facto , lamentavelmente, não temos.
 pão como antigamente
Ou não temos assim…  As montras, as lojas das ruas de Heidelberg, com realce para a Hauptsrasse, quilómetros pedonais de Rua Principal, curiosamente o nome da rua em que moro no

Outra vez e sempre os licores

Sobral…E não falo das lojas de moda, das ourivesarias, das sapatarias; falo das padarias, das pastelarias, da casa de licores, das bugigangas…Falo, não, as imagens vão falar por mim: verá que são autênticas obras de arte, “instalações” lhes podíamos chamar, chamando, silenciosas, os clientes de todo o mundo. Atente o leitor também naquela couve-flor verde, geometricamente nascida da terra, e naquele “nabo” de que brotam folhas.
   
Deixe o rato nas fotos, leia o meu registo! Dê duplo click nas imagens, veja em detalhe!
Comprar ou olhar
Uma esplanada na Hauptstrasse
Ovos e amêndoas da Páscoa
Imaginação e arte

Páscoa Feliz!

José Auzendo





9 comentários:

  1. Olá Sr. Auzendo, gostei da maneira como descreve Heidelberg na Alemanha, as fotos são muito bonitas, as lojas muito bem decoradas, os produtos hortícolas parecem estar muito fresquinhos. A Alemanha é um país bem organizado. Há sete meses tive no Floresta Negra é lindíssima suponho que não fica muito longe Heidelberg. O avô babado, foi até Alemanha visitar o neto. Cumprimentos da aluna Mariana

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  2. Olá Professor Auzendo
    Antes de mais felicito-o por o passeio ter corrido bem. Quero agradecer a sua amabilidade em partilhar connosco fotografias bem elucidativas de como o povo alemão é disciplinado, bem assim o texto explicativo. Na realidade, as montras além de bem recheadas, parecem muito bem decoradas. Pela pequena demonstração, já se pode imaginar a exigência do povo alemão ...
    Parabéns por ter o privilégio de poder usufruir de experiências tão boas e positivas.
    Um abraço da
    Lourdes Henriques.

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  3. Olá pai,

    gostei do retrato da "minha" cidade. Da próxima fazes um blog sobre os espaços para crianças, algo que também se distingue muito do que há em Portugal.

    Beijos de Heidelberg,
    Mónica

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  4. No início do texto do Sr. Auzendo vislumbro um misto de tristeza/mágoa, por ter a filha tão longe e não lhe ser possível acompanhar o desenvolvimento físico e intelectual do neto: embora a tecnologia esteja tão avançada que nos permite contactar de perto as pessoas que estão longe, é sempre triste a separação. Tal como o Sr. Auzendo, quantos pais e avós deste país não estão sentindo o mesmo? E todos nós a sofrermos esta emigração obrigatória, que empurra para fora o que tanta falta faz cá dentro, mão de obra altamente classificada e especializada, num êxodo, em pleno século XXI.

    As fotos publicadas são muito bonitas, deliciam os nossos olhos, aguçam-nos o apetite, trazem-nos novos conhecimentos: ali as tradições não se perdem em proveito de banalidades.

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  5. Engana-se a D. Alexandrina quando só vislumbra um misto de tristeza/mágoa: devia poder ver, claramente vista, a revolta de um pai, de uma mãe, por ver os seus filhos terem de procurar noutro país formas de realização pessoal, se não mesmo de sobrevivência.

    Engana-se a Mónica, minha filha, ao dizer que devo escrever sobre os espaços para crianças de Heidelberg. Não, devia escrever era sobre as mamãs de Heidelberg que, ao contrário da generalidade das nossas mamãs, não “têm”, ou não precisam de “ter”, televisões ligadas, de manhã à noite, para terem os filhos sossegadinhos vendo desenhos animados ou jogando pleisseteicheneze. Não, as mamãs de Heidelberg, quer chova ou caia neve, com 10 graus positivos ou 10 graus negativos, passeiam com os filhos, de três meses ou de três anos de idade, pelas ruas, pelos parques, pelas margens do rio.

    Agrada-me, claro, que digam que são bonitas, muito bonitas, elucidativas, as fotos das lojas muito bem decoradas. Eu também acho e gosto e agradeço que mo digam. Mas, acreditem, o que mesmo me delicia os olhos nas ruas de Heidelberg é ver tantas jovens mamãs com os seus bebés passeando…fazendo disso vida. Mas, disso, como falar?...

    José Auzendo

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  6. Confesso que achei estranho que o avô Auzendo tenha tirado e publicado fotografias de montras. É verdade que são bonitas, mas montras e lojas também nós temos cá e estou convencida de que havia também muita beleza nos parques, nas ruas, nos jardins, nas margens do rio, isso sim, deliciava-me muito mais. E o neto, porque não nos mostrou o neto? Espero pela próxima viagem para que nos envie mais fotografias, mas não de montras: nós, Portugueses, até estamos “proibidos” de ir ás compras, sejam as montras bonitas ou não.
    Lisete Corado

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  7. Pois é, para quem não sabe, a Hauptstrasse e as suas lojas é mesmo um grande atractivo de Heidelberg, para além do Castelo e da ponte, que, como o meu pai diz, qualquer um pode ver no Google.
    O neto não aparece porque a filha não deixou... enfim, por questões de segurança e de medo de um mundo cibernáutico por vezes pouco amistoso e muito promíscuo.
    Quanto às mães, elas são típicas de toda a Alemanha e provavelmente Europa Central e do Norte, por isso, para escrever sobre Heidelberg, acho que a Hauptstrasse continua a ser uma boa escolha.
    Mónica

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  8. Numa coisa a minha filha Mónica tem razão: basta andar uns quilómetros, entrar em Espanha e, desde as mais simples vilas raianas aos grandes centros urbanos, vemos as pessoas, as famílias, aos magotes, ocuparem, viverem as ruas, as praças, os parques, os jardins… Durante o dia, à tarde e à noite. E o mesmo se passa um pouco por essa Europa fora, tanto quanto conheço. A questão é que, por essa Europa fora, eu só conheço com bom tempo, na Primavera ou no Verão; em Heidelberg, o que eu vi, mães com carrinhos de bebé, ou com crianças já sem carrinho, vi-o em pleno Inverno, em duas alturas diferentes, com temperaturas negativas e com 10 cm de neve nas ruas, muitas delas já com uma forte camada de gelo.

    E eu próprio andei, em plena floresta, e em plena rua, puxando através de autênticas pistas de neve o carrinho do meu neto; tanta era a neve que, uma tarde, tivemos de ser eu e o pai do rapaz, alemão dos sete costados, a puxarmos o carrinho: um a empurrar, outro com uma guita à frente a puxar. Crime, estão todos a dizer. Pois é, e não foi só uma vez por…distracção. Na Alemanha parece que têm uma máxima que diz que não há mau tempo, pode é haver má roupa… Outras mentalidades, outras carteiras (?).

    Eu bem pensei, D. Lisete, terminar a minha “reportagem” com a “coisa” mais importante que para mim havia em Heidelberg…Mas perante testas franzidas…

    José Auzendo

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  9. Amigo Auzendo
    Estou á espera de mais reportagens de Heidelberg,eu não franzi a testa,simplesmente disse que montras não é o meu forte,não seja mauzinho e mande as importantes.
    lisete

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