Celebra-se
em
2012
o
Ano
Europeu
do
Envelhecimento
Activo
e
da
Solidariedade
entre
Gerações.
Por
isso,
mas
não
só
por
isso,
vou
publicar
neste
espaço,
regularmente,
espero
que
semanalmente,
um
artigo
sobre
a
problemática
do
envelhecimento.
Não
serão,
no
essencial,
textos
da
minha
autoria,
mas
antes
transcrições,
resumos
e
adaptações
de
artigos
de
outras
publicações,
que
serão
claramente
identificadas.
Seguirei
também
o
“Manual
de
Envelhecimento
Activo”,
da
Lidel-
Edições
Técnicas,
Ldª.
(que
referirei
como
MEA-Lidel).
Não
mencionarei,
em
princípio,
nem
os
nomes
dos
autores
dos
artigos,
nem
a
bibliografia
citada
ou
utilizada.
Sempre
que
tenha
encontrado
as
minhas
“fontes”
na
net,
escrevê-lo-ei
com
as
palavras
“ver
net”.
Convido
o
leitor
a
seguir-me
nesta
busca
e
divulgação
de
temas
ligados
ao
envelhecimento:
o
Blogue
é
nosso,
logo
seu.
Escreva
para
sobral.senior@gmail.com,
ou
faça
um
“comentário”
no
próprio
Blogue.
José
Auzendo
Texto2
A noção de Envelhecimento Activo e conceitos que integra
A noção de Envelhecimento Activo e conceitos que integra
In
Manual de Envelhecimento Activo, Lidel, pag. 1 e seguintes.
Iniciei
esta série de artigos com uma atenção especial à Educação,
porque nos inserimos num grupo, de nome Clube Sénior Activo, que
privilegia a formação académica e cultural dos seus membros, logo
a Educação. Vamos hoje desenvolver o conceito de “envelhecimento
activo” e os pressupostos que lhe estão associados.
Os
grandes objectivos a atingir com esta panóplia de variáveis são:
a) a autonomia, considerada no sentido do
controlo individual sobre a vida diária e na capacidade inalienável
de decisão; b) a independência, nas
actividades da vida diária, na capacidade de cuidar de si próprio,
na manutenção básica do seu corpo e na percepção do mundo
exterior; c) expectativa de vida
saudável, traduzida no tempo de vida que se pode esperar
viver sem precisar de cuidados especiais; e d) a qualidade
de vida, a qual incorpora a saúde física,
o estado psicológico, o nível de dependência, as relações
sociais e as características do ambiente em que a pessoa se encontra
inserida.
De
um ponto de vista mais abrangente, a noção de envelhecimento activo
reconhece a importância dos
direitos humanos das
pessoas mais velhas, com
ênfase na independência, na participação, na dignidade, na
assistência e na auto-realização, o que requer acções
conjugadas entre a administração central, as autarquias locais e a
sociedade civil visando a saúde, a segurança, a participação
social, a educação, a cultura, o emprego, a habitação, a
solidariedade entre gerações e o desenvolvimento rural e urbano.
Boa tarde Professor Auzendo
ResponderEliminarEsta matéria que se dipôs a desenvolver para conhecimento mais vasto dos Séniores e que tem a ver com o Envelhecimento Activo dos mesmos, é realmente de bastante interesse, pois trás à tona o conhecimento de várias vertentes que poderão contribuir para um envelhecimento mais digno e saudável. Quando as pessoas abandonam a sua vida activa e "passam à reforma", salvo raras excepções de casos de invalidez maior, de uma maneira geral ainda estão completamente autónomas e com as suas faculdades vitais a funcionar normalmente. É pois necessário que estejam mentalizadas que, apesar da sua vida activa ter acabado, há uma outra vida activa que pode ser a continuidade da primeira. E quanto a mim, muitas vezes as pessoas não tiram disso o devido partido por estarem mentalizadas que reforma é não fazer nada. Julgo que o aspecto psicológico é talvez o maior responsável pela grande parte da falta de participação dos idosos nas várias actividades para séniores que actualmente têm tendência a aumentar. Principalmente na faixa que atinge idosos a partir dos 70/75 anos. Os idosos mais novos já estão mais receptivos a este acompanhamento que se tem desenvolvido. Claro que me refiro a pessoas cuja mobilidade e autonomia ainda não estão afectadas, porque os que já estão dependentes de terceiros, terão que estar sujeitos a outro tipo de acompanhamento. Segundo tenho conhecimento, também já têm vindo a ser executadas algumas acções no sentido de colaborar com a ajuda a estes idosos mais danificados, com alguns acordos da administração central e algumas autarquias , misericórdias, grupos de voluntariado, que vão dando algum apoio domiciliário, no sentido de proporcionar aos mais carentes um mínimo de conforto e atenção a que todo o ser humano tem direito para não perder a sua dignidade.
No entanto, algumas das actividades que poderão estar à disposição dos utentes séniores, nem sempre estão ao alcance da bolsa de todos. Nem todos os locais têm o privilégio que nós temos aqui no Sobral, pelo menos por enquanto, de haver um grupo de Voluntários que, a preço de nada, dão uma grande parte de si aos outros. Para muitos idosos, por exemplo, pagar a mensalidade de hidroginástica recomendada a todos, torna-se incomportável, pois esse dinheiro fará falta, por exemplo, para medicamentos, que de uma maneira geral todos têm que tomar, por um ou outro motivo. Eu julgo que as baixas reformas de muitos idosos, são outro dos possíveis principais factores de insucesso na participação nas actividades que poderiam ajudar a melhorar um pouco a qualidade de vida. Costuma-se dizer que "o dinheiro não dá a felicidade" mas que ajuda muito, ajuda. A falta dele também dará por vezes origem a depressões e desesperos em pessoas que, já fragilizadas por muitos anos de trabalho sentem
que a sociedade não é justa, e se não houver um acompanhamento humano mais próximo entram em depressão e por vezes até praticam o suicídio.
Por isso acho muito útil e positivo que se continue a lutar pelo bem estar dos que levaram uma vida inteira de trabalho, para que tenham direito a envelhecer de uma maneira digna e saudável, como merecem.
Obrigada por ter trazido este tema tão útil a todos nós, e do qual nunca é demais falar.
Lourdes Henriques
É tão pertinente quanto esquecido. Faz-me confusão porque não se investe mais e não falo em dinheiro, nesta matéria.
ResponderEliminarEntendo que não devemos deixar que sejam os outros a decidir. É também uma forma de envelhecimento activo, esta do Auzendo, o agitar, o alertar para que se adquiram novas práticas.
O bem estar não nos é facilitado, tem de ser conquistado.
Parar é, como muitas vezes tenho dito, esperar sentado na estação aguardando que o comboio da morte passe.
Se bem que não consigamos tudo fazer, a adopção de novos procedimentos, agilizam-nos o corpo e a mente, afugentam o "alemão" como jocosamente estou sempre a dizer aos meus "alunos" seniores.
Vou gostando destes apontamentos!
Mais um artigo do professor Auzendo, interessante, elucidativo e pedagógico, bem elaborado. A certo passo fala-nos de "autonomia" e independência", acho que são as duas situações que mais preocupam os idosos.
ResponderEliminarPara se viver, é bom que se alinhem as duas, sem elas sobrevive-se, o que é muito angustiante. Estar-se dependente de alguém ou de alguma coisa é o menos dignificante dos fins e, nesta etapa da vida, em que se aproxima o fim da caminhada, é prioritário um Envelhecimento Activo.
Não podemos pôr de parte os factores de ordem pessoal, contra esses não podemos lutar, mas está nas nossas mãos contrariar os outros. Para isso, e para quem não sabe dançar, como eu,temos um Sobral rural demasiado belo, que pode ser apreciado através de caminhadas diárias.
Temos muitos privilégios, o de observar a natureza, sempre digna de ser observada, de se beber ar puro e também ficarmos a conhecer melhor o nosso concelho. Todos estes benefícios, que tão simplesmente podemos saborear, contribuem para que se envelheça com mais dignidade.
Maria Alexandrina