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terça-feira, 1 de maio de 2012

1º de Maio


Dia do Trabalhador

Festejar e recordar aquele que foi o 1º de Maio, só é possível, porque após quarenta anos de ditadura, apareceram os Capitães que realizaram o 25 de Abril de 1974. Isto permitiu dar liberdade aos trabalhadores para festejar o 1º, 1º de Maio, enchendo por completo o estádio, com nome deste dia, junto à Avenida Rio de Janeiro.
1º Maio 1974
Eram milhares e milhares de trabalhadores, aclamando bem alto, a sua primeira festa em unidade e liberdade. Neste dia também se juntou o Movimento das Forças Armadas, lançando dos seus helicópteros, os cravos que simbolizaram a Revolução de Abril. Assim, os trabalhadores viram naquele dia, um futuro de liberdade, igualdade e fraternidade.
O 1º de Maio, devolveu aos trabalhadores o poder de manifestação, de organização sindical e das Associações, que anteriormente era praticamente impossível.
No momento difícil da vida democrática do País, em que são postas em causa importantes conquistas do 25 de Abril, como, o direito à Saúde, ao Ensino e à Segurança Social, assume uma particular importância a reafirmação das ideias da Revolução de Abril de 1974.
As grandes conquistas, nomeadamente dos trabalhadores, foram fruto da luta de todos os trabalhadores que a Revolução de Abril permitiu consignar em Lei.
Por tudo isto, é fundamental festejar aquele que é o dia mais importante do trabalhador.

VIVA O 1º DE MAIO

José Raposo
Associação de Reformados do
Concelho de Sobral de Monte Agraço
Histórico
Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores nas ruas de Chicago nos Estados Unidos da América.
Essa manifestação tinha como finalidade reivindicar a redução da jornada de trabalho para 8 horas diárias e teve a participação de milhares de pessoas. Nesse dia teve início uma greve geral nos EUA. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, 4 de Maio, uma nova manifestação foi organizada como protesto pelos acontecimentos dos dias anteriores, tendo terminado com o lançamento de uma bomba por desconhecidos para o meio dos policiais que começavam a dispersar os manifestantes, matando sete agentes. A polícia abriu então fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a 20 de Junho de 1889, a segunda Internacional Socialista reunida em Paris decidiu por proposta de Raymond Lavigne convocar anualmente uma manifestação com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago. Em 1 de Maio de 1891 uma manifestação no norte de França é dispersada pela polícia resultando na morte de dez manifestantes. Esse novo drama serve para reforçar o dia como um dia de luta dos trabalhadores e meses depois a Internacional Socialista de Bruxelas proclama esse dia como dia internacional de reivindicação de condições laborais.

5 comentários:

  1. Soube bem acordar, hoje, ao som destas recordações do 1º de Maio, mormente do nosso 1º de Maio de 1974 onde, afinal, todos estivemos, não foi? Foi e, julgo, a todos nos parece que isso aconteceu só há dias, disso nos lembramos como se fosse ontem. E, todavia, quantos anos se passaram já, tantos os desenganos que fomos vivendo.

    Relembrar tudo isto, dar público testemunho dos acontecimentos, é o grande mérito dos textos publicados: será assim mais fácil não esquecer,
    e reganhar energias para continuar na luta por melhores dias.

    José Auzendo

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  2. Falar do primeiro 1º. de Maio em liberdade, do 1º. Maio de 1974, é falar não só de liberdade, mas de amizade, de união, assistiu-se por todo o país a grandes manifestações, numa euforia de quem se sente livre mas não sabe ainda o que é liberdade. O povo veio para a rua, abraçava-se, gritando palavras de ordem; homens, mulheres e crianças, gritávamos a plenos pulmões e o coração batia alegre e parecia que tínhamos conquistado o Mundo.
    O texto/artigo do Senhor Raposo está bem elucidativo de quanto foi difícil para quem trabalhava a conquista das oito horas de trabalho. Mas, passados 38 anos após o 25 de Abril, quantos desenganos, quantas conquistas perdidas, quantos trabalhadores desempregados, e as oito horas de trabalho que se prevê sejam acrescentadas.
    Porém, por enquanto o 1º. de Maio ainda é festejado, e festejado em liberdade.
    Longe vão os anos em que a maior parte do povo trabalhador português não tinha conhecimento do que esta data representava.
    E em que, apesar de por toda a Europa as 8 horas de trabalho serem uma realidade, em Portugal os trabalhadores rurais (os jornaleiros), trabalhavam sol a sol.
    Viva o 1º. de Maio
    Maria alexandrina

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  3. Não podia ter sido mais bem escolhido o dia para a Associação de Reformados do Concelho do Sobral de Monte Agraço se apresentar aqui no Blogue.

    Esse primeiro 1º de Maio foi histórico e, infelizmente, irrepetível. Acho que ninguém ficou em casa e, acrescento, não foi só o estádio 1º de Maio que encheu completamente, foi toda a cidade de Lisboa, não era possível caber mais gente, milhares e milhares de pessoas não conseguiram sequer chegar perto do Estádio. Só quem o viveu é que o pode imaginar. E foi assim, igualmente, por todo o País…

    Quando o senhor Raposo diz, e bem, que é fundamental festejar este dia, é com muita amargura que verifico que há hoje trabalhadores que são obrigados a trabalhar não tendo direito ao seu dia. Vejam-se as campanhas vergonhosas de descontos apresentadas por grandes superfícies, precisamente no 1º de Maio, aproveitando-se, direi mesmo gozando, com as dificuldades que todos atravessamos, quando nos outros dias nos levam o couro e cabelo. Desculpem, este assunto não devia ser para aqui chamado, mas confesso que esta notícia meu deu, como se costuma dizer, a volta ao estômago. Quando chegará o dia em que as lojas ficarão vazias neste dia, decidam ou não os donos abri-las?
    Inês Bexiga

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  4. Hoje na realidade festeja-se o Dia do Trabalhador. Recordo com muita saudade esse 1º. de Maio de 1974 em que TODOS foram para a rua, mesmo sem perceber o porquê desse festejo. E refiro-me principalmente aos mais jovens, porque os mais idosos teriam razões de sobra para festejar, por sentirem na pele o que era a repressão, a falta de liberdade.
    Só é pena que depois da liberdade conquistada, o oportunismo e a corrupção de muitos oportunistas tenham estragado tudo ...
    Mas ainda assim é de saudar o 1º. de Maio. Pena é que nem todos o tenham gozado, mas injustiças sempre houve desde que o mundo é mundo!
    Lourdes Henriques.

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  5. É a saudade que hoje impera.Todos para rua!!! Muita alegria,nem sabiam bem porquê..estavamos felizes, felizes. Lembro bem...não se repetirá!!!...vão-se recalcando com o passar dos anos
    Avoluisa

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