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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

BENS MATERIAIS - a minha opinião


Foto da Net
Existe um certo mito em considerar como ricas as pessoas que têm muitos bens materiais, tais como várias casas, carros luxuosos, contas bancárias chorudas, férias de alto luxo em países paradisíacos e muitos outros atractivos que denunciam visíveis sinais de riqueza. Os bens materiais em demasia são geralmente um “convite” a uma vida de ociosidade e supérflua. Não é por acaso que não são raros os casos de suicídio de pessoas que se consideram ricas. E então com tanto dinheiro e luxúria, porque se suicidam? Será que na realidade a riqueza, os bens materiais e contas bancárias em demasia contribuem para a felicidade de alguém? De que serve uma enorme fortuna na posse de um avaro que se preocupa apenas em amealhar sem olhar para o lado, para o seu semelhante que tantas vezes passa dificuldades, a quem poderia minorar o sofrimento e a carência de uma vida triste e infeliz? Será que é isto a felicidade?
 
Não raras vezes encontramos pessoas que se dizem muito felizes e contentes com a vida. E se formos analisar essas suas vidas a fundo, ficaremos chocados com tanta pobreza aparente …

Mas a verdadeira riqueza está dentro destes, dentro dos que agradecem à vida o pouco que ela lhes oferece e se contentam muitas vezes com algumas migalhas … e ainda assim dizem-se muitas vezes felizes!
Há quem lhes chame fracos, conformistas. Para mim estes são os verdadeiros heróis, os Ricos de verdade, porque a sua riqueza é interior, não é visível aos insensíveis. E são esses, os insensíveis, que são os verdadeiros pobres, pois sendo mais riscos materialmente, são eles os verdadeiros fracassados e pobres de espírito. Esses sim, esses, além de pobres, são os verdadeiros parasitas da sociedade.

Lourdes Henriques.

9 comentários:

  1. Amiga Lourdes
    Gostei muito do seu texto
    Uma chamada de atenção para o erro de se julgar pelas aparências.
    Como não podia deixar de ser concordo em absoluto com a sua opinião.
    Beijinho grande
    Landa

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  2. Olá amiga Milú
    Ainda bem que está tão bem a escrever como escolher um tema tão polémico e intersante.
    Eu ás vezes estou tão "chateada" com o dinheiro ou com a falte dele que queria que ele acabace de vez! Mas como nós viviamos sem "ele"? Infelismente não pode ser,e a guerras por causa "dele"...Havia de toda a gente o sufeciente,e isso ás vezes também não acontesse...
    A Milú fala-me em riqueza e, eu falo em falta de riqueza...
    Um grande abraço
    Luiaa

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  3. Olá "Melga"

    Consegues ler-me os pensamentos?....

    Beijinhos

    Filho Velho

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  4. Mamy Doce:
    Nos dias que correm é cada vez mais importante mostrar e oferecer essa "riqueza" de que falas. Grande é o Homem que consegue dividir sem se preocupar.
    Beijoquinhas
    Filha Rabina

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  5. Olá amiga Lourdes
    Muito interessante o seu texto. Há certas pessoas que tem muito dinheiro são ricas apenas materialmente, espiritualmente são pobres. Um avarento é capaz de se apoderar do dinheiro alheio e roubar o próprio irmão. E quantas famílias têm no seio familiar "gente avarenta, que não olham a meios, para atingir fins" Há ódios entre famílias quase se matam uns aos outros só por causa do dinheiro.
    UM BEIJINHO
    MARIANA

    “Diz o ditado que o avarento rico não tem parente nem amigo”

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  6. Minha amiga Lourdes, realmente o dinheiro não dá felicidade a ninguém, mas costuma dizer-se “mas que ajuda…ajuda”.

    Os avaros ricos ou pobres, esses são com certeza infelizes, porque não sabem encontrar a felicidade, não sentem o prazer de repartir e não conhecem outros prazeres que o dinheiro lhes pode trazer, só pensam em amealhar e não usufruem do que têm.
    Mas o rico parasita, esse pode ser feliz, não trabalha, explora o trabalho dos outros e pode fazer da sua vida o que os outros que explora não podem, viaja, tem dinheiro para educar os filhos e até comprar-lhes cursos, se for necessário, tem a mesa farta e não se preocupa com outros… E duvido que esses se suicidem.

    Minha amiga, como era bom viver numa sociedade mais justa, onde a riqueza fosse melhor distribuída, em que os pobres pudessem ser menos pobres e, consequentemente, os ricos menos ricos. Talvez houvesse menos suicídios! Não são só os ricos que se suicidam. Quem não tem dinheiro para dar de comer aos filhos ou não tem reforma que chegue para se alimentar, esses também se suicidam… E muitos são.
    Mas essa sociedade mais justa, até parece que neste contexto é “ utopia”, e o que vamos observando “nesta crise” é que os ricos vão enchendo os bolsos, e os pobres como estão eles? Cada vez mais pobres…
    Um abraço
    Maria Alexandrina

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  7. Desculpe ,mas desta vez não concordo com a totalidade da sua reflexão.
    O suicidio não tem nada a ver com os bens materiais ou com a falta deles.
    Para alguns é uma cobardia,para outros um acto de coragem, um acto contra natura, uma doença, uma sublimação, um grito de revolta,um acto para voltar às origens e poderia dizer muitas, muitas outras
    razões todas elas sem sentido.
    O que eu sei bem,de facto, não são as causas mas os efeitos e disso dói muito falar.
    Um abraço. Manuela

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  8. Muito franca e sinceramente, não estou nada preocupado com a infelicidade dos ricos, menos ainda em discuti-la… Estou sim (estamos todos com certeza) preocupado com “tanta pobreza aparente” que, ao nosso lado, é cada vez menos aparente, mas bem real e palpável. E essa não se resolve com migalhas que possam minorar o sofrimento de quem a ela está sujeito. E não se combate com palavras piedosas, com a caridadezinha do costume, com bancos alimentares contra a fome, com lojas sociais, com a sopa dos pobres, com o albergue da mitra…Lembram-se?

    Se algumas destas instituições se justificam hoje, só podemos lamentá-lo e fazer os possíveis para que só existam temporariamente, e pelo mais curto espaço de tempo possível. De resto, a pobreza resolve-se, combate-se, como a Alexandrina já notou, com a imposição de uma maior, tão maior quanto possível, redistribuição da riqueza produzida, com o fim das gritantes injustiças sociais, com o fim da fraude, da evasão fiscal e da corrupção que campeiam, com outra política. É nisto que devemos concentrar-nos.

    E não entendo como pode ser feliz quem vê filhos, irmãos, outros familiares, amigos até, privados do mínimo aceitável de subsistência, de condições de vida humanas. Chamar-lhe-ia antes inconsciência mas, se o não for, é com certeza um tipo de felicidade que não quero partilhar… nem realçar. Estou (quase) com a Avó Luísa: havia toda a gente de ter o suficiente e isso não acontece. Já lá vai o tempo do “às vezes”, Avó Luísa!...

    Auzendo


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  9. Meus queridos amigos
    Agradeço todos os vossos comentários,cada qual com o direito à sua opinião própria e ainda bem que não somos todos iguais.
    Apenas quero realçar que a minha ideia ao escrever este artigo apenas se focou no aspecto "bonito e sensível" do ser humano, que tantas vezes quer mostrar ao mundo os seus atributos que no fundo são decadentes, bem falsos e muito mesquinhos, enquanto que outros que para a sociedade nada representam e por vezes até são marginalizados, desprezados mesmo, tem uma RIQUEZA INTERIOR que nem toda a gente a consegue descobrir. Não é para os olhos de toda a gente. Para mim, esses, ricos ou pobres, são os VERDADEIROS RICOS. Claro que ninguém idealiza ser pedinte ou marginalizado pela sociedade, mas o que eu quis realçar é que, para mim, repito, PARA MIM, um homem que recolhe o lixo pode ser muito mais rico do que o dono do mundo.
    Julgo que compreendem o que quero dizer.
    Obrigada e um abraço a todos.
    Lourdes.

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