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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

EU E A POESIA ( 1ª Parte)


Mais um desafio me foi colocado. Desta vez para desvendar o meu perfil “poético”.
Começo por dizer que apenas passo para o papel aquilo que sinto, umas vezes em prosa, outras em rimas. Não me considero uma poetisa nem escritora, embora um dos sonhos da minha juventude tivesse sido ser romancista. Mas não foi esse o meu Destino. Apenas gosto de escrever, com rimas ou sem elas! Nada mais.
E tudo começou quando era ainda uma criança, nem adolescente era … e essa minha inocente primeira quadra acompanhou o seu destinatário, ainda muito jovem, para o outro lado da vida! Morreu com ele.
Mas a partir dos meus 15 anos, altura em que cheguei a Portugal depois de uma permanência em Macau de 8 anos, sentindo-me completamente deslocada e não me conseguindo encaixar na minha nova realidade, passei a isolar-me e a refugiar-me na escrita. Escrevia poemas e redacções imaginando que era escritora mas escondia tudo dos meus pais, pois não queria que soubessem que eu escrevia. O meu pai, apesar de ser militar, era uma pessoa muito sensível e escrevia poesia. Com a educação rígida da época, não havia o à-vontade nem a abertura que existe hoje entre os pais e os filhos e eu sempre me habituei a guardar para mim os meus sentimentos, não revelando o que escrevia nem o que sentia, chegando mesmo a negar os meus próprios sentimentos.
Mas ao longo de 35 anos, mesmo já depois de ter a minha própria família, nunca deixei de escrever, por um motivo ou por outro, e fui guardando religiosamente os rascunhos do que escrevia. Até que um dia alguém me sugeriu porque é que não fazia um livro. Tenho plena consciência de que a maior parte do que escrevo é dedicado a familiares e amigos, logo não seria matéria própria para publicar. Ainda assim, em 1996 comecei por fazer um 1º. álbum pessoal a que dei o nome de RECORDAÇÕES. Em 2000 fiz outra compilação e um novo álbum surgiu, desta vez chamei-lhe RETALHOS. Mas como a imaginação era fértil, em 2006 reuni mais poemas que ia escrevendo e tal como à semelhança dos primeiros ia guardando os rascunhos. Surgiu o 3º. álbum a que chamei FOLHEANDO. Todos estes álbuns se encontram registados nos Direitos de Autor. 
Lourdes Mourinho 

11 comentários:

  1. Olá amiga Milu
    Já esperava uma publicação interessante...Gosto do que escreve,como escreve,do que escreve.
    Também já tive o previlégio de conhecer alguns poemas. Parabéns!pelos poemas,parabéns pelo texto.
    Faz-nos reviver também recordações.
    Um beijo
    Luisa

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  2. “ Ser poeta é ser mais alto, é ser maior do que os homens”, diz a poetisa. Na minha opinião, ser poeta é ir ao fundo de si mesmo, tentar entender-se… e entender os outros de uma forma diferente, uma visão da morte, da vida e do sofrimento, que não se iguala ao que pensa quem os rodeia.
    Ser poeta é ir ao seu interior e transmitir, em rima ou não, os seus sentimentos.
    Minha amiga Lourdes, acho que tem espírito de poeta, além de ser poetisa, embora não conheça muito da sua poesia, já a tenho ouvido e do que ouvi, gostei.
    Beijinhos
    Maria Alexandrina

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    1. Amiga Alexandrina
      Quero agradecer-lhe as suas amáveis palavras e fico contente por gostar do que escrevo.
      Com um beijinho e votos de um Natal Feliz.
      Lourdes.

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  3. Tomei conhecimento destes “Álbuns” (e de algo mais) da Lourdes Mourinho há uns tempos, em casa de uma amiga comum, a quem ela os oferecera (a D. Lisete). Sabia que a Lourdes “faz versos”, mas não imaginava que escrevesse poesia com tanta regularidade. É pois com prazer que vejo esta “notícia” dada a conhecer a todos os que nos lêem.

    E como a Lourdes não “quis ter” a generosidade, a magnanimidade, de nos presentear com um cheirinho que fosse do que publicou nesses álbuns, vou eu transcrever dois “versos” de dois desses albuns…

    “Quando penso nos anos que passaram,
    Quando recordo tudo o que vivi,
    Sinto que foi tão pouco, e as esp’ranças findaram,
    Já pouco resta da vida, do mundo, de ti.”

    Agosto de 1996

    “Quando eu partir, não quero luto,
    Não quero choro, não quero mágoa!
    Quero apenas ser recordada como uma gota de água
    Deste oceano sem fim.
    …..
    Como alguém que por aqui passou
    E que muito amou,
    Amou pessoas, animais,
    Amou tudo o que fez!
    E nada mais.”

    Fevereiro de 1997

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    1. Olá Professor Auzendo
      A surpresa deste seu comentário foi para mim o Presente de Natal que nunca esperei ter.
      Obrigada pelo comentário e pela escolha dos versos. Espero não desiludir os outros leitores.
      Com um abraço e desejos de um Natal Com Saúde, Paz e Amor.
      Lourdes.

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  4. Boa tarde Lourdes
    Muito bonito o seu texto e o seu poema gostei muito, os meus parabéns .
    Quero desejar-lhe um bom Natal com muita saúde muitas felicidades, e tudo de bom, são os desejos sinceros desta amiga, que tem grande estima por si.
    Mariana

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    1. Boa tarde Mariana
      Obrigada por ter lido e gostado. É sempre agradável saber que alguém gosta do que escrevemos.
      Desejo-lhe também um excelente Natal com tudo o que desejar, mas principalmente Saúde.
      Com um beijinho da
      Lourdes.

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    2. Querida amiga Lourdes
      Da sua bela poesia já eu conheço um pouquinho
      Também já li alguns textos seus de que gostei muito
      Já me deliciei a ouvi-la cantar fado.
      Agora fico a saber que afinal tem três álbuns publicados
      Muitos parabéns
      A minha amiga é uma "caixinha" de maravilhosas surpresas.
      Um beijinho com desejos de continuação de Boas Festas

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    3. Aniga Landa
      Obrigada pela seu comentário sempre tão gentil.
      Mas apenas quero dizer-lhe que os 3 albuns não estão publicados nem à venda. Apenas os registei nos direitos de autor porque já ofereci muitos e várias pessoas me aconselharam a registá-los, mesmo sendo só para oferta. E foi o que fiz. Mas estes últimos que oportunamente virão aqui à baila, nada está registado, pois julgo que não há necessidade. É apenas uma brincadeira minha.
      Desejo-lhe um Feliz ano de 2013 com tudo o que desejar, principalmente SAÚDE.
      Beijinhos da
      Lourdes.

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  5. Minha Querida

    Fazes bem escrever, é saudável, não convém guardarmos tudo para nós, nem que seja para umas folhas brancas de papel.
    Quantas vezes tentei fazê-lo, por preguiça, vergonha ou talvez receio de ver mais tarde, alguém que não reconheço.
    Quando desabafamos numa folha de papel, especialmente quando estamos mais vulneráveis, somos confrontados com os nossos "fantasmas", por vezes coisas que não queremos reconhecer em nós próprios!
    É Muito bom que tenhas a Coragem e a Lucidez, sob o teu aparente ar descontraído e ingénuo, revelas a tua imensa sabedoria da vida, do que é entregar-se aos outros...
    Quantos de nós não têm essa coragem de enfrentar os medos,as frustações...
    Filho Velho

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  6. Coragem é o que todos precisamos de ter quando aparecemos neste mundo. E quem não a tiver, perderá a luta e será um fracassado.
    Continua a lutar e serás um Vencedor.
    Um xi da mãe que te adora
    Milú.

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