VISITANTES

quarta-feira, 14 de março de 2012

Outras Culturas e outras Sociedades.

 
Um dia...um familiar chegou a minha casa e disse-me: Sai dessa inércia e vem comigo inscrever-te no Clube Sénior.. Um  bocado “ renitente”,  lá fui: havia à minha disposição diversas aulas. A primeira a ser escolhida foi a minha paixão de sempre... “História de Portugal” e a seguir  leio...“Cultura e Sociedade”, não sabia bem o que era, mas o nome era apelativo. Pensei : Cultura é estudo e a Sociedade é estado homens que vivem sob a acção de leis comuns,  só poderia ser para se estudar  a cultura dos povos, não individualmente, mas sim como eles  estão inseridos   no meio onde vivem... em sociedade, agradou-me...
Inscrevi-me  e em boa hora o fiz.A aula de” Cultura e Sociedade “ é muito bem orientada e leccionada pelo Dr. Belo prendeu-me de tal forma logo na primeira aula, que nunca mais pensei no crochet, tinha mais em que pensar... e desejei fervorosamente  a  semana  seguinte para mais uma aula de aprendizagem e de bom convívio. O professor Belo em cerca de duas horas , dá-nos um duplo prazer: o prazer do conhecimento  e o prazer de escutá-lo.
Pretendo aguçar o apetite de quem consulta o blogue “ Sobral Sénior-Gente Gira” , e também  convidar “as raparigas e os rapazes” da minha idade a participar em qualquer uma das aulas, que o Clube Sénior tem disponíveis, todas elas muito bem leccionadas, sei-o por experiência própria, nas aulas que participo e pelo que me é transmitido por colegas de outras aulas.
Conheci e convivo com pessoas extraordinárias, que de outra forma não teria conhecido, pessoas com largas experiências de vida e de elevados conhecimentos, desprovidas de qualquer vaidade, lidando de igual para igual connosco,seja  qual  for o seu grau académico: damo-nos todos muito bem.
Vou  transcrever uns excerto de um  trabalho que elaborei  para um exposição realizada no dia do “Voluntariado”.
Desde sempre a família vivia do trabalho do campo feito pelo homem, a mulher cuidava da casa e dos filhos e raramente ia ao campo.
No século XVIII, com a Revolução Industrial, aparece a máquina e ,como consequência, aparecem as fábricas, nasce um novo conceito para as mulheres e para o seu trabalho doméstico; as donas de casa . Dá-se também o aparecimento das famílias nucleares.
Ascendem os burgos, desenvolvem-se o comércio e a indústria e verifica-se uma ascensão de uma nova classe social... a burguesia.
Também a mulher caminha a passo lento para a sua emancipação, com o trabalho nas fábricas; mas só durante a 2 ª. Grande Guerra Mundial  a mão de obra feminina  se torna   mais significativa, pela ausência dos homens  mobilizados para a guerra: neste período  deu-se um passo gigante  na emancipação feminina. A industrialização, a globalização, a urbanização e os meios áudio-visuais, provocam uma mudança significativa na ideia de família: “ O casamento por amor”. Na Ásia, na América Latina e no Pacífico,  já existem muitas famílias Nucleares,semelhantes às da Europa e da América do Norte.
Isto é apenas uma pequena e simples amostra do que se aprendeu ao longo do ano, mas” outros valores  mais altos  se levantam” além da aprendizagem:  o convívio, a amizade e  o respeito  mútuo.
Agradeço a todos os “professores “ a sua disponibilidade e vontade de
PARTILHAR..
Alexandrina Reto

4 comentários:

  1. Estimada colega Alexandrina
    Considero o seu convite aos "meninos e meninas" da nossa idade, extraordinário. Concordo plenamente consigo em tudo, especialmente na parte em que se refere à convivência entre as pessoas. Os professores, voluntários, além dos seus preciosos conhecimentos, oferecem-nos uma boa parcela do seu tempo e proporcionam-nos por vezes momentos de confraternização muito agradáveis. Também eu me sinto feliz por participar deste grupo e quero igualmente agradecer a generosidade dos VOLUNTÁRIOS que se dispõem a tirar do marasmo pessoas que por vezes se sentem desmotivadas e desinteressadas da vida. Bem hajam.
    Também acho muito sadio o convívio entre colegas, pessoas que numa grande parte nem se conheciam e que acabam por encontrar afinidades e até criar amizades.
    Por último, dou-lhe os parabéns, pois pela sua experiência de vida, que aliás já anteriormente tinha escrito noutro post, quem ler tudo o que escreveu com a devida atenção, poderá tirar alguns ensinamentos.
    Um abraço
    Lourdes.

    ResponderEliminar
  2. Olá querida colega Alexandrina.
    Lamento, mas tenho que discordar de si, quando diz que antigamente as mulheres rurais, raramente trabalhavam no campo. Eu sou filha de agricultores e vivi no meio rural até aos 30 anos e isso não se passava bem assim. As mulheres ficavam em casa a tratar dos filhos, apenas quando eles eram muito pequenos, assim que eles tinham alguns meses eram levados para o campo e deitados à sombra das árvores, enquanto as mães trabalhavam.
    A mulher ficava em casa da parte da manhã apenas para fazer o comer, pois o almoço era às 10 horas da manhã e o jantar por volta da uma hora da tarde. Assim, que a mulher entregava o comer também ficava a trabalhar. No dia em que eu nasci a minha mãe andava a mondar trigo juntamente com outras mulheres, como não queria abandonar o trabalho porque era a patroa foi-se deixando ficar até o dia terminar e quando regressou, por volta das oito, hora da ceia, eu nasci.
    No entanto, concordo consigo quado faz o convite aos rapazes e raparigas da nossa idade, porque somos uma juventude muito gira, com vontade de aprender e temos uns professores muito dedicados e com vontade de partilhar o conhecimento que adquiriram ao longo das suas vidas a todos eles um muito obrigado.
    Mariana

    ResponderEliminar
  3. Quero pedir desculpa à minha colega Maria Alexandrina, e aos leitores do blogue, pelo erro que cometi no comentário que fiz ao artigo que ela elaborou, sobre outras culturas e outras sociedades. Quando ela se referiu à mulher na sociedade, quando afirmou que a mulher camponesa, antes da revolução industrial, ficava em casa a cuidar das lides domésticas e dos filhos, eu discordei dessa afirmação. Li o artigo à pressa, e não compreendi que ela se referia à Idade Média e não aos nossos tempos. Beijinhos querida colega.
    · Mariana

    ResponderEliminar
  4. Colega Mariana,
    Li o seu comentário relativo ao artigo da colega Alexandrina, sobre o qual compete-me dar uma explicação.
    A Alexandrina quando se refere ao papel da mulher numa sociedade de economia agrícola, refere-se ao período, que caracterizava a Idade Média, matéria que a Mariana não teve acesso, porque, ainda, não frequentava as nossas aulas.
    Portugal há cerca de 50 anos era um país em que a agricultura tinha, ainda, um peso enorme na sua economia, pelo que o exemplo que relata não seria muito diferente do que se passava em finais da Idade Média. Porém o que se pretende acentuar era o principal papel da mulher na família e esse era, efectivamente, o tomar conta da casa e dos filhos. Claro que a mulher ajudava, igualmente, o marido nas tarefas agrícolas, tal como os filhos, porque nessa altura a família constituía uma unidade de produção.
    Fez bem em participar, sempre ajuda a esclarecer.
    José Belo

    ResponderEliminar