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sexta-feira, 16 de março de 2012

Devagar, devagarinho, muito devagarinho...


Passado um ano de me integrar no Clube Sénior, eis que finalmente tomei a iniciativa de algo dizer sobre a minha experiência nesta iniciativa local, que em boa hora me envolvi. E porquê só agora?
Se disser por falta de disponibilidade, não ficaria bem na fotografia, mas essa é mesmo a razão principal. Ao entrarmos na aposentação (reforma), tudo muda em termos de atitudes, comportamentos e perspectivas de vida. Há acima de tudo e por mim falo, o agradável sabor a “NADA FAZER”, em conflito com labuta transportada de uma vida anterior, que rejeitamos, mas que se encontra entranhada.
Então como fazer? Ir ocupando o santíssimo tempo devagar, devagarinho, muito devagarinho, porque o corpo não é de ferro, de acordo com a costela alentejana, que carrego com imenso prazer.
E quase sem dar por isso, eis que me vejo manietado, sem perceber bem porquê? São as pequenas caminhadas (só de uma hora, porque me dou bem com o Alentejo), é a natação (cerca de uma hora, pela mesma razão), é a preparação das aulas como formador (que me dão prazer), é o estudo das matérias como formando, nomeadamente, o grupo coral, igualmente, pelo prazer; a informática, pela necessidade aprofundar o seu conhecimento; o espanhol, idem; o inglês, idem, que me perdoe o Professor Auzendo.
Felizmente, bem por trás de tudo isto, lá vem o NADA FAZER alertando-me e, de repente, entendo perfeitamente. É a velocidade imprimida, só tenho que andar abaixo dos meus limites.
Assim, disse para mim…”o blogue Gente Gira só tem que esperar, porque eu também vou aparecer…a seu tempo”.
Depois são as pessoas, que não conhecia, as que julgava conhecer e passei a conhecer, em cada um, um ser diferente e interessante, em todos uma experiência de vida, com conhecimentos para partilhar. E daí?
Não sei o que foi  que ganhei, mas foi muito, porque me sinto melhor.
Bem hajam todos o que comigo partilham este dia a dia e me ajudam a dar prazer e sentido ao meu quotidiano,

José Belo (às vezes professor, outras vezes aluno)     

2 comentários:

  1. Dando sequência aos repetidos apelos do professor Afonso para que os colegas fizessem deste Blogue um activo ao dispor do Clube Sénior, dei início àquilo que está a ser, e espero que continue a ser, uma nova fase na vida do Blogue. Nessa “qualidade de iniciador”, congratulo-me com o aparecimento deste primeiro texto do Belo, que é justamente havido entre nós como o “pai” do Clube Sénior: foi a proposta que ele apresentou e as ideias que expôs, que possibilitaram a criação do Clube pela Câmara Municipal.

    Ao saudar esta chegada, tenho presente que mais vale “finalmente” que nunca; e só desejo que a sua “costela alentejana” o não leve a completar a “máxima”, também alentejana, de andar “devagar, devagarinho, muito devagarinho” e marcha atrás. Que meta, ao menos, a “terceira”, e que, em breve, nos traga notícias da matéria da aula que lecciona e, por que não? das aulas a que assiste.

    Não é só ele que se sente melhor com esta experiência do Clube Senior, muitos outros nos sentimos melhor; relatar neste Blogue o que sentimos ampliará o número daqueles com quem partilhamos esses sentimentos. E isso é bom. E, creio, cada novo participante abrirá a porta a outros que do seu estímulo possam precisar. E isso também é bom.

    Que volte, pois, umas vezes o professor, outras vezes o aluno, outras vezes o alentejano e qualquer que seja, menos a marcha atrás, a velocidade imprimida.
    José Auzendo

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  2. E cá temos o nosso simpático professor de Cultura e Sociedade a dar o ar da sua graça. Afinal mesmo "devagar, devagarinho, muito devagarinho",os alentejanos também conseguem obter os mesmos resultados dos não alentejanos.
    Pela parte que me toca, tenho a dizer que,sem desprimor por todos os outros professores voluntários, a quem considero e estimo de igual modo, conhecer este senhor foi uma grande surpresa de que não vou voltar a falar por já o ter feito anteriormente. Apenas digo que quando o vejo, por vezes volto durante alguns momentos à minha juventude no mágico Oriente, onde sem nos conhecermos pessoalmente, ocupámos o mesmo espaço, durante mais ou menos os mesmos anos, os nossos pais foram colegas ... Como o mundo é pequeno!
    Ainda bem que com o seu passinho alentejano, conseguiu chegar até nós, e com toda a sua generosidade transmitir-nos uma grande parte dos seus preciosos conhecimentos. E ainda por cima, oferecer-nos a colaboração da sua voz no coro!
    Obrigada e um grande bem-haja, Professor/Colega!
    Lourdes.

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