“Depois de ter andado a
percorrer o blogue do SobralSenior..., fiquei grata por ter tido
oportunidade de o ter conhecido e por ter paciência para me ensinar
a dar os primeiros passos nesta coisa da informática de que tão
ignorante sou ainda. Contudo apesar de velha sou teimosa e embora os
meus neurónios já estejam muito destreinados e gastos pela vida
que, me deu muitas graças e coisas boas, mas que nos últimos 6 anos
me levou um filho que realmente não era deste mundo e um
marido que era o AMOR da minha vida de 50 anos
de cumplicidade, como deve calcular fiquei virada do avesso.
Conto pois com a sua
ajuda, pois quero ser uma “cibernauta” que não fique
envergonhada ao pé dos meus netos mais novos.
Aqui vai uma confidência.
Também gosto muito de olhar a imensidão do mar e das maravilhas que
a natureza nos proporciona. A vida continua a ter de ter sentido e a
dar graças por acordar todos os dias com possibilidade de ainda
poder ser útil aos outros. Basta estar atenta e disponível...”
Este testemunho da
Manuela é um exemplo dos muitos que dá sentido à minha actividade
de “desestabilizador” dos seniores.
Querer, querer,
ultrapassar desafios ao nosso ritmo ter noção das nossas
limitações, mas nunca deitar a toalha ao chão.
Mesmo na adversidade, a
aceitação deverá ter lugar, não no sentido da resignação mas
como base que nos catapulta para mais além.
Quando se vive só no e
do passado VIVER é uma usurpação.
Os tempos mudam, nós mudamos!
Os tempos mudam, nós mudamos!
É na entrega dos
Professores, vivências mais que académicos conhecimentos que se
realiza o sucesso desta actividade. Em concreto, confesso-vos que a
preparação das minhas aulas têm-me levado a obter conhecimentos
nunca antes adquiridos, eis uma das vantagens...
A informática é só uma
ferramenta que por diversos motivos esteve arredada do dia a dia. Não
houve oportunidade.
É chegado o momento do
desafio, da descoberta, com muito gozo!
Afonso Faria
Quero felicitar a Manuela pela coragem e aceitação que tem perante os revezes da vida. É de louvar a sua FORÇA e desejo que continue a ter por muitos anos esses pensamentos tão positivos, pois eles a ajudarão a andar sempre para a frente.
ResponderEliminarAo Professor Afonso Faria quero também agradecer a sua disponibilidade e entrega naquilo que faz, no sentido de ajudar os outros a ultrapassaram as suas lacunas e barreiras de dificuldades. E não só. Como ser humano, os seus argumentos positivos e sempre no sentido de querer "arrancar" lá do fundo quem se encontra de rastos, ajudando-o a erguer ... Ainda que de uma maneira velada, mas não desiste!
Obrigada pela grande energia positiva que nos tenta transmitir, não só como informático mas também como ser humano.
Bem-haja.
Lourdes Henriques
Escreveu-se por aí que, de informática, eu não sabia, não queria saber e tinha raiva a quem sabia. Disto, só é verdade que não sabia. Não tinha raiva nenhuma de quem sabia, e só não sabia porque as minhas enxadas…não precisavam de programas informáticos para, manejadas com carinho, me ajudarem a produzir as couves-galegas de que tanto gosto, as alfaces que sabiam a nozes como alguém disse, ou as ervilhas tortas tão saborosas. Ah! e tomates, e pimentos, e brócolos, feijão verde, favas, couve portuguesa, curgetes, beterraba vermelha…
ResponderEliminarCom o início das aulas de inglês vi que era “chegado o momento do desafio, da descoberta” e, não com muito gozo (desculpe, Afonso, a negativa), lá me dediquei a transformar o computador numa nova enxada, para com ela poder continuar a sementeira e melhorar a colheita, agora de palavras.
O pouco que sei, se se pode dizer que algo sei, devo-o, como bem foi dito, indirectamente, à aula de informática sénior do Sobral. E “se poeta sou”…, não, desculpem, se agora aqui estou, sozinho em casa, alone but not lonely, atirando palavras ao vento, na esperança de que algum fruto deem, “sei a quem o devo” – obrigado, também a ti, Manuel Freire.
Retribuo e replico a mensagem de que a “inquietude assumida de alguns” seja, cada vez mais, “panaceia de muitos”, lendo, escrevendo, consultando, convivendo nas nossas hebdomadárias aulas, assegurando assim que “este projecto em que participamos não tem fim”…
Leitor(a): há aí para cima umas quantas palavras, umas quantas frases que não percebe, que não sabe de onde vêm? Está tudo explicadinho na enxada que tem à sua frente: use-a, procure neste blogue, google-se, mostre a si próprio(a) que é um bom horticultor de palavras. Escreva, depois, neste blogue, os resultados a que chegou. O professor Afonso vai gostar de ver…
José Auzendo
No meu cantinho,longe de todos e de tudo,não me passa despercebido ...sempre com interese sigo as vossas intervenções. Obrigada,teem-me ajudado nos meus problemas!!!
ResponderEliminarA vossa força,o vosso gosto,o vosso trabalho..."não terá fim"
Tento fazer o mesmo....mais uma vez..OBRIGADA!!!
avoluisa
Quando comecei a andar pelo Sobral, notei e senti na pele que o vento abanava as árvores e bulia com as pessoas, muito mais do que estava habituada. Mas o início da Informática Sénior começou a mexer ainda mais com a cabeça das pessoas, não propriamente desfazendo-lhes o penteado, mas abrindo-lhes a mente para as novas realidades.
ResponderEliminarEm pouco tempo se começou a sentir o efeito “desestabilizador” dessa nova actividade: ele era e-mails para aqui, Word para ali, e Excel para acolá…Toda a gente vivia empolgada com esta linguagem, este passou a ser um dos temas de conversa nas mesas dos cafés…
Tanto me desestabilizou a mim que, até hoje ainda não consegui entrar no Excel, mas ainda não deitei a toalha ao chão. Como disse Francis Bacon, não há comparação entre o que se perde por fracassar e o que se perde por não se tentar.
E o professor Faria é um bom exemplo desta máxima.
Pois é Professor Auzendo. Então isto é um desafio?
ResponderEliminarNa minha vida sempre tive desafios, opções a tomar que por vezes não foram nada fáceis. Mas um desafio de palavras desta natureza nunca me tinha acontecido. E é engraçado ver a evolução de um senhor que, quando começou a dar as suas primeiras aulas de inglês, confessava um tanto ou quanto acanhado, que “não era formado”, “não tinha cursos superiores”, etc., etc…, inseguranças próprias dos humanos. E hoje vê-lo aqui a fazer depoimentos e comentários graciosos, desafiando-nos com trocadilhos e brincando com palavras estranhas para nos pôr a cabeça à nora, é de APLAUDIR DE PÉ. Ainda bem que se virou para a “outra enxada” e que se tornou um bom “horticultor de palavras”. Quanto ao desafio que propõe, ou seja, “consultar a enxada que temos à nossa frente e que se chama PC”, não sei se estarei à altura de responder adequadamente ao que pretende. Mas aceito o desafio de bom grado.
Quando se refere às “HEBDOMADÁRIAS AULAS”, digo-lhe que são as “aulas semanais”. Quando à expressão “ALONE BUT NOT LONELY”, julgo que quer dizer “só mas não solitário” (às vezes, vale mais só que mal acompanhado). Quanto aos termos “PANACEIA DE MUITOS” a que se refere o Professor Afonso, julgo que quer referir-se a que “as dificuldades de uns atiram os outros para a frente, e estes (os professores voluntários) lutam para conseguir responder, e ajudar os outros (seniores) a ultrapassarem as suas dificuldades”. Será que estou certa ou errada? Já agora gostava de saber.
Não sei se as respostas correspondem ao desafio proposto, mas é aquilo que consegui fazer com os meus fracos conhecimentos. É que de Informática, apesar de saber umas “coisinhas” poucas, só há pouco mais de um ano é que comecei a “viajar” pelo mundo da Internet, e foi exactamente pela mão do Professor Afonso, a quem estou muito grata. Mas apesar de todos os seus esforços e boa vontade, não é lá muito o meu forte. Mas lá vou conseguindo fazer as coisas a que me proponho.
Espero que continue a dar seguimento a este blog com toda a sua graciosidade, pois talvez consiga despertar mais mentes para participarem no mesmo.
Lourdes Henriques
“Despertar mais mentes para participarem” neste blogue foi, desde o primeiro momento, e continua a ser hoje, um dos principais objectivos da minha intervenção neste fórum. Para isso, tenho procurado novos temas, incentivando e fomentando outras abordagens. Esta intervenção da D. Lourdes foi, para mim, por ser diferente de outras anteriores, um verdadeiro achado, a confirmação de que, afinal, é possível “seguir em frente (por) caminhos reforçados”, como já foi escrito neste blogue.
ResponderEliminarSim, o desafio que lancei foi uma brincadeira, mas foi, também e essencialmente, uma homenagem expressa ao homem que, vindo do exterior, começou, nos idos de Março de 2008, a ensinar informática a velhos e velhas do Sobral, mostrando-lhes, a uns e a outras, e a muitos outros, que velhos eram, e são, os trapos. Mas essa minha homenagem só poderia materializar-se se alguém aceitasse o desafio, e isso aconteceu, e foi bom. E se a informática não é, nem pretende ser, uma panaceia, a mítica cura para todos os males de que se sofre, é sem dúvida um instrumento decisivo para a melhoria da qualidade de vida dos que a usam. Foi, e é, isso que o professor Afonso pretendeu e pretende. A resposta ao meu desafio mostra que ele está conseguindo entregar a carta a Garcia.
Já agora, na resposta ao anterior desafio, gostava, ainda, que fosse explicado por que agradeci a Manuel Freire, e porque escrevi a palavra “também” antes desse nome no meu comentário de 5 de Março. E, last but not least, ao que vêm este inglês, e os idos, o Garcia e a carta no parágrafo anterior.
Vamos a isso, internautas seniores? Outros que continuem a decifrar o “enigma”. O professor Afonso vai gostar de ver, de ler, queria eu dizer. E ele merece que lhe deem esse prazer.
José Auzendo
Filosofar não sei. Mas gosto muito do Manuel Freire. Quando perderemos a capacidade de sonhar estaremos mortos, pois como ele diz é o sonho que comanda a vida. Manuela
ResponderEliminarProfessor Auzendo
ResponderEliminarManuel Freire além de cantor e bancário era principalmente um fazedor de palavras: mas não soltas ao vento.Como as suas também o não são. Ele retrata o povo em toda a sua essência, sentidamente.
Além de outras semelhanças que possam existir entre vós, que o levou a agradecer-lhe. A palavra "sentidamente" é comum a ambos."Mestre" o seu gosto de ajudar os alunos, tão sentidamente, não são nem as suas, nem as dele palavras que voam, elas enchem o coração.
Pelo que costumo ler este texto também retrata o perfil do Professor Afonso Faria, é agradável partilhar, quando se tem bom coração
Maria Alexandrina
E parece que o desafio pegou e está a tornar-se interessante. Seria bom que também outros colegas do Clube Sénior o aceitassem.
ResponderEliminarMas para continuar o “desafio”: quando diz que … “entregar a carta a Garcia”, está a referir-se ao episódio divulgado no fim do Séc. XIX por Elbert Hulbard ocorrido na época em que “os E.U.A. e Cuba estavam em guerra a propósito da colonização de Cuba pelos espanhóis. Consta que o presidente americano, Mackinley, precisou de contactar um dos chefes da guerrilha cubana, o general Garcia. Para tal tarefa, incumbiu o Soldado Rowan de entregar uma carta ao comandante rebelde. O soldado, segundo consta, recebeu a carta sem nada perguntar, meteu-a numa bolsa impermeável e partiu para Cuba. Atravessou montes, vales, selvas e praias mas no fim de quatro dias conseguiu entregar a carta a Garcia. Regressou aos EUA para dar conta da sua missão cumprida”. Portanto o sentido da expressão “entregar a carta a Garcia” é “cumprir eficazmente uma missão, por mais difícil ou impossível que pareça”. Quanto a aplicar esta expressão ao Prof. Afonso, julgo que pretende dizer que “apesar dos obstáculos e dificuldades encontrados, ele conseguiu atingir o objectivo que o moveu ao criar este blogue, ou seja, despertar as mentes dos mais idosos para a aprendizagem da Informática. Quanto à expressão “idos de Março”, é empregue para indicar “ a data em que Júlio César foi assassinado às mãos de Brutus e outros conspiradores”, o que neste contexto quererá dizer que as aulas de Informática já começaram há muito tempo (cerca de cinco anos).
Quanto à sua frase “também a ti, Manuel Freire” “ser poeta sou … sei a quem o devo” - refere-se ao Professor Afonso e também a Manuel Freire. Ao Prof. Afonso pelos ensinamentos de Informática e a Manuel Freire, pelas palavras que utiliza.
Por último o significado da expressão “at last but not the least”, quer dizer que “por último mas não menos importante”…
Assim fica provado que, com um simples clique de informática, podemos ficar a saber coisas de que antes nem suspeitávamos.
E … sabemos a quem o devemos!
Lourdes Henriques
Pois é, como dizia a publicidade, é uma artista portuguesa, com certeza, esta D. Lourdes. Aliás, nem parece bem portuguesa, pela capacidade de síntese que mostra, pela facilidade em explicar de forma simples quatro ou cinco ideias já de si nada fáceis de resumir, menos ainda quando acabava de as "beber" da wikipedia.
ResponderEliminarDepois, sendo este blogue escrito em português, é saboroso, e pedagógico, encontrar um texto assim bem escrito, directo, escorreito, com pontuação correcta, com ideias claras e bem delineadas. E é isso que aquele texto é.
Ademais, se como alguém disse, "a minha Pátria é a lingua portuguesa", agredir a língua que falamos é agredir a pátria que somos. Claro que cada um deve escrever como sabe e pode, sem inibições, mas não é por isso que não devemos saborear e elogiar um texto bonito como o que ora comento.
Será que deixei, atrás, algum desafio? No seu texto, a D. Lourdes deixou um...Eu secundo-a.
José Auzendo