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quarta-feira, 22 de abril de 2009
uma caminhada longa!
Menina feliz, a mais velha. Depois, o mano e mana, esta com problemas de saúde.
Foi uma vida difícil, não para nós mas para os pais!
Os anos avançaram e a entrada para a escola do Sobral chegou. Não fui muito estudiosa. Fiz a primeira e a segunda classe sem grande dificuldade mas para a terceira e quarta tive que repetir. Com muito esforço e coragem consegui terminar a escola.
Cresci, e aos 15 anos apaixonei-me. Casei em 1964.
Em Junho de 1965 o meu marido partiu para a guerra em Angola. Foram dois anos de sobressalto mas felizmente ultrapassados em bem. Em Setembro de 1967, de novo em família!
1968 foi o recomeço em alegria com a chegada anunciada de bebé...radiantes, com vontade de ser pais, a rapariga apareceu em Fevereiro de 1969.
Em meados de 1970 o meu marido teve um convite para imigrar para Lyon, França. A ideia não me seduzia, não estava mesmo interessada, mas o marido “leva razão”. Seis meses após ter ido primeiramente sozinho, veio-nos buscar, tinha então a minha filha dois anos. Arranjámos passaportes, fizemos as malas e lá fomos os três para França.
Nunca tinha abandonado a família, a terra, nunca tinha andado de comboio, não falava uma palavra de Francês!
Digo-vos que se fosse refazer a mesma vida, faria com imenso prazer!
Abandonar pais, terra e família, andar 48h de comboio e entrar num mundo completamente desconhecido, chegar a Lyon com 40 centímetros de neve, nunca tinha visto neve, não me meteu medo. Fiquei lá trinta e quatro anos!
Sou portuguesa mas também um pouco francesa. Lá permanecem 3 filhos e uma netinha.
Lá estão as raízes da família que criei!
Ana Maria (Sobral - Biblioteca)
sexta-feira, 17 de abril de 2009
A voz
Ontem foi o dia mundial da voz! Depois de ter ouvido a noticia deu-me para reflectir no grande valor que tem para todos. Boa ou má, é muito importante!
Algumas são muito irritantes , bruscas, secas, outras calmas, harmoniosas, doces... eu por mim prefiro as calmas e harmoniosas.
É a voz que transmite os nossos sentimentos, as nossas revoltas o nosso amor e dizer “SOU LIVRE”.
Viva as vozes feias ou bonitas, mas que digam sempre “Viva a liberdade”
Lisete (Sobral - Biblioteca)
terça-feira, 14 de abril de 2009
Também sou de Lisboa
Por volta dos meus vinte e poucos anos no dia um de Novembro saí da minha terra natal deixando para trás os meus pais, os meus dois irmãos e o contacto com a natureza que tanto gostava, mas atracção pele cidade foi maior!
Fui viver para o Dafundo, em Lisboa para casa de umas pessoas amigas. Em Novembro os dias são curtos e cinzentos. Fomos de automóvel e chegámos já de noite, não deu para conhecer bem o caminho. Como tudo era estranho para mim, todas as luzes que ia vendo, ia perguntando que sitio é aquele? E lá longe via uma iluminação muito bonita e disseram-me que ali era Cascais. No dia dois de Novembro levaram-me à Rua dos Anjos em Lisboa aonde ficava a escola onde eu ia tirar o meu curso de modista. A senhora que me acompanhou disse: “a partir de agora tens que te desenrascar, o Dafundo é muito longe eu não te posso vir cá buscar”.
Após o meu primeiro dia de trabalho começou o meu calvário. Tinha que voltar para casa e não sabia bem o caminho. Tinha de apanhar dois transportes e demorava uma hora e meia a chegar a casa. Lá fui perguntando, apanhei o primeiro autocarro na Almirante Reis fui até ao Terreiro do Paço. Depois apanhei um eléctrico para a Cruz Quebrada.
Lá ia andando sem saber por onde andava.. a certa altura comecei a ver as tais luzes de Cascais e foi através delas que me orientei até Algés. Depois dali sabia que era um pouco mais adiante; primeiro tinha que passar o Aquário Vasco da Gama, mais à frente do lado direito havia umas escadinhas e logo depois a paragem em que tinha que sair. Assim cheguei já de noite ao meu destino, não foi nada fácil em 1966 para uma moça da aldeia que nunca tinha saído debaixo das asas da mãe ver-se sozinha numa cidade tão grande como Lisboa. Mas posso dizer que foram os melhores tempos da minha vida, não só aprendi a minha profissão como percebi as diferenças que havia entre as pessoas da cidade e as da aldeia naquela época. Gosto muito de Lisboa mas gosto mais do campo.
“A vida na grande terra
Corrompe a humanidade
Entre a cidade a serra
Prefiro a serra à cidade”
António Aleixo
Mariana (Sobral - Biblioteca)
com tão pouco...tanto!
Recordo as nossas festas de Setembro dos anos 50.
Na quermesse saiu-me um pudim mandarim. E o que se lembrou a Lisete? Foi ter com a tia que fez o dito “pudinzinho”.
Juntou um grupo de amigos (ai uns15). Fomos pedir ao senhor Tavares que tinha uma pensão na nossa linda praça. Emprestou-nos sala e ai fizemos a festa.
Hoje é difícil conceber como um simples pudim serviu de pretexto para umas boas horas de saudável convívio...
O pudim chegou para todos, a sala encheu-se de vida e sorrisos.
Lisete (Sobral - Biblioteca)
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Piquenic - GenteGira
A entrega, a partilha, O MOMENTO!
Somos GenteGira!
Desta vez faltaram oito. Mas há sempre uma próxima. Seremos mais!
GenteGira (Sobral de Monte Agraço)