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quarta-feira, 13 de julho de 2011

REVOLTA


Revolta, revolta é tudo o que sinto.
Às vezes questiono-me: O que é o ser humano? O que é o planeta Terra?
Uma bola composta por terra, rocha e água, cercada por uma atmosfera poluída pelos seres que se dizem “inteligentes” e superiores a todos os que nela habitam. Uma bola pronta a explodir de um momento para o outro, se o seu interior de fogo resolver começar a cuspir cá para fora, pelas crateras dos vulcões, tudo o que a mais estiver no seu interior. E aí, adeus homens, animais e plantas, adeus “seres inteligentes” que se julgavam acima de todos os poderes da natureza mas que contra ela nada puderam fazer! E depois de as lavas tudo destruírem à sua passagem, sem dó nem piedade, sem olharem a nada, deixando tudo queimado e subterrado à sua volta, a terra vai continuando a girar com todo o seu mistério.
E nos movimentos do seu interior, placas tectónicas a deslocarem-se de um lado para o outro, provocando terramotos, marmotos, tsunames… e muitos anos depois “os inteligentes” descobrem que onde hoje é terra, há muitos milhares de anos já foi mar, e vice-versa.
Afinal que são os “inteligentes” no meio de tudo isto? Ou será que são eles, com as suas descobertas e experiências científicas, astronáuticas, lunáticas, ou lá o que for, que estão a contribuir para que a natureza acelere muitas das suas catástrofes naturais?
Quando penso nisto, gostaria de pertencer a um mundo selvagem. A civilização, com todas as suas descobertas, cada vez vai contribuindo mais para destruir o que de bom nos foi oferecido pela natureza.

Lourdes Henriques (Sobral - Biblioteca)

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