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domingo, 17 de junho de 2012

O exercício físico regular

Celebra-se em 2012 o Ano Europeu do Envelhecimento Activo e da Solidariedade entre Gerações. Por isso, mas não por isso, vou publicar neste espaço, regularmente, espero que semanalmente, um artigo sobre a problemática do envelhecimento. Não serão, no essencial, textos da minha autoria, mas antes transcrições, resumos e adaptações de artigos de outras publicações, que serão claramente identificadas. Seguirei também oManual de Envelhecimento Activo, da Lidel- Edições Técnicas, Ldª. (que referirei como MEA-Lidel). Não mencionarei, em princípio, nem os nomes dos autores dos artigos, nem a bibliografia citada ou utilizada. Sempre que tenha encontrado as minhasfontesna net, escrevê-lo-ei com as palavrasver net. Convido o leitor a seguir-me nesta busca e divulgação de temas ligados ao envelhecimento: o Blogue é nosso, logo seu. Escreva para sobral.senior@gmail.com, ou faça umcomentáriono próprio Blogue.
José Auzendo

Texto 8
O exercício físico regular

Bem dormidos, viva o sono, bem comidos, viva o bem comer, é altura de recordar a necessidade imperiosa de todos nos envolvermos na prática de uma actividade física regular. Uma ou mais que uma, tudo depende das circunstâncias. Escrevi antes, e repito agora, que o exercício físico é um dos factores essenciais para um envelhecimento activo com qualidade. Seguindo o MEA-Lidel, é na inactividade, no nada fazer fisicamente, que está a origem de muitas patologias associadas ao envelhecimento. Daí que, tão importante como conhecer os benefícios da actividade física, seja conhecer as consequências da inactividade. E estas abrangem, resumidamente, as patologias cardiovasculares e respiratórias, o aumento do colesterol, da tensão arterial, do peso e da diabetes, as patologias osteoarticulares, a debilitação do sistema imunitário, além de uma certa apatia, insónias, ansiedade, cansaço, até depressões e perda de autoestima.
 Não escrevi nada que não soubesse já? Ainda bem, o meu objectivo não é ensinar; é, tão só, evitar que se esqueça…Também não ensino nada se falar das consequências positivas da prática regular e contínua de actividade física, mas é pedagógico que as descreva: ajuda a controlar o nível de açúcar no sangue prevenindo a diabetes, reduz os níveis de colesterol, diminui a tensão arterial, melhora a qualidade do sono, aumenta a capacidade cárdiocirculatória e respiratória, reduz o risco de dores musculares, ósseas, das costas e das articulações, diminui o risco de obstipações, melhora o funcionamento do sistema imunitário… E muito mais do ponto de vista psicológico, mental, social…Melhora o bem-estar geral, a autoestima.
Novidade, enfim uma coisa nova, é que ter uma actividade física regular não implica, não obriga, seguir um programa de exercícios integrado num grupo ou com um professor. Tudo isto pode ser conseguido aumentando o gasto de energias nas actividades diárias e praticando sozinho. Também já sabia isto? Melhor, vou então lembrar só algumas das coisas que pode/deve fazer: caminhar ou ir de bicicleta em deslocações de pequena distância; subir sempre por escadas em vez de usar o elevador; passear o cão; lavar o carro, fazer jardinagem; varrer o chão, o terreiro, o passeio frente à casa; fazer uma caminhada diária (pode ser pelas ruas da vila, desde que não seja para ver montras…Na Internet, (clique ) >   em “exercícios físicos para idosos” da D.G.Saúde, encontra tudo isto e muito mais, só estou a resumir, que o espaço é curto).
Incluir mais exercício físico no quotidiano pode não implicar profundas alterações na vida; pode significar apenas o aproveitar de todos os momentos para nos mexermos…Lembra-se do …”mexa-se pela sua saúde”?  O começo é uma parte essencial, e que determina o sucesso  da prática de actividade física. O primeiro passo é a interiorização da importância de adoptar um estilo de vida mais activo, é convencer-se dessa necessidade. Se pensa que está cansado, saiba que as pessoas que fazem exercício regularmente sentem-se melhor e com mais energia. Brevemente espero falar de algumas actividades concretas. Mas não espere por isso para se mexer… 
Antioxidantes
Sabia que as vitaminas do complexo vitamínico B (as diversas vitaminas B…B3, B6) são as mais importantes para a produção de energia e essenciais para uma boa digestão das proteínas e dos hidratos de carbono? Pode começar a perceber se está com défice de vitaminas B, se  passar a sentir uma maior sensibilidade à luz, se notar os seus cabelos mais finos, escorridos ou secos, se sentir as pálpebras mais sensíveis ou avermelhadas, se notar maior dificuldade em lidar com situações de stress. As principais fontes alimentares de vitaminas B são os cereais, os legumes, os cogumelos, o peixe, os produtos lácteos…(MEA-Lidel, pag.52)
 A vitamina C é um poderoso antioxidante e faz aumentar a excreção do colesterol. Encontra-se especialmente nos frutos vermelhos, nos citrinos, nos pimentos, e noutros vegetais em geral, com realce para a couve-galega, os brócolos, a salsa, os agriões…(Idem))

4 comentários:

  1. Muito bom este relembrar assíduo da maneira como nos ver "livres"destes problemas relevantes e, constantes da nossas vidas.
    Isto de caminhadas,bicicletas e movimentos controlados,não nessecitam de ginazio, o que é muito bom,não entram no nosso orçamento familiar.
    Agradeço pela minha parte destas "lembanças".
    Vou tentar aproveitar ...
    Um abraço.
    avoluisa

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  2. Boia noite Professor Auzendo
    E mais um empurrãozinho com a finalidade de nos ajudar a pensar no nosso envelhecimento de uma maneira mais saudável. Na realidade todas estas suas advertências são importantíssimas para a nossa saúde física e mental. Julgo que muitas vezes (e falo por mim) é uma questão de mentalização e força de vontade para seguirmos regras tão simples como por exemplo andar.
    Sei que não tenho andado "no bom caminho" mas os seus artigos têm-me feito pensar um bocado mais a sério. O nosso mal é que às vezes só "depois da casa roubada é que pomos trancas à porta" ... e depois das doenças graves nos acontecerem, já não há retorno. Prometo que vou pensar mais a sério, pois gostaria muito de viver mais uns anitos para podermos continuar o nosso bate-papo de vez em quando. Tempos que correr com o "alemão". Sabe quem é, não sabe? Não podemos deixá-lo entrar aqui no nosso Clube Sénior. Por isso, agradeço o seu esforço e boa vontade em ajudar-nos.
    Um abraço da
    Lourdes Henriques.

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  3. Neste texto do Sr. Auzendo somos incentivados a fazer exercício físico, sendo que pode ser o caminhar uma boa prática para o fazer.

    A caminhada é económica, não se paga jóia ou imposto e não tem qualquer ónus ou encargo, é só dar "corda" aos sapatos e desfrutar das maravilhas de um campo em flor.

    As vinhas estão em toda a sua plenitude formando com as árvores um matizado de verdes, que só comparo às belas e trabalhosas toalhas de ponto de cruz, que bordava em menina. Nos campos por cultivar, nascem abruptamente as papoilas, num grito todo ele vermelho, crescem à sua volta os malmequeres dourados, num contraste fascinante. Pelas orlas do caminhos desabrocham, como que envergonhadas, algumas alcachofras, no seu tom de azul/lilás, como pedindo que as deixemos florir: é que elas não sabem que agora não já não há fogueiras para serem chamuscadas... Os silvados são rasgados em singelas flores brancas, como noivas a noivar.

    Não... Não lhe estou a descrever um quadro de Van Gogh...Estou a convidá-la/lo a levantar-se do sofá e a mexer-se. Cuide de si, experimente e talvez, tal como eu, se extasie perante tanta beleza. Venha e verá que vai gostar, eu caminho todos os dias, cerca de uma hora, cinco dias por semana.

    Maria Alexandrina

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    1. Com esta descrição, percebe-se como a D. Alexandrina aproveita bem as caminhadas: cuida do físico, regala os olhos , exercita a mente e dá largas à imaginação; 4 em 1, como agora se diz.
      Considerando que até o preço dos sapatos está pela hora da morte:-)), o melhor é mesmo investir e dar-lhes corda…
      Como se costuma dizer: uma bela paisagem conquista-se com os sapatos, melhor ainda com umas botas, e não com as rodas de um automóvel.
      Inês

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