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quinta-feira, 27 de outubro de 2011

GRUPO CORAL


Começou ontem a actividade do CORO do Clube Sénior. Sempre pensei que tivesse alguma aceitação por parte do público “menos jovem” mas não esperava que tivesse tão boa participação, principalmente por parte dos homens, que muitas vezes são complexados e acham que o canto não é para eles. É coisa para mulheres...
E a professora, uma menina ainda tão novinha, é um amor de criatura. Desejo-lhe muito boa sorte e que consiga atingir todas as suas expectativas, pois sei que é um grande desafio um projecto desta natureza. É uma demonstração de grande maturidade e coragem. Bem-haja.
Fiquei muito satisfeita com a apresentação e acho que todos juntos poderemos fazer um grupo coral muito interessante. Vamos todos lutar por isso e contribuir para que a nossa Vila também passe a ser conhecida pelo seu GRUPO CORAL.

Lourdes Henriques

domingo, 23 de outubro de 2011

ESTADO DE ESPÍRITO


Eis aí o mau tempo. Apesar de o Outono já ter começado há um mês, o tempo tem-se mantido mais ou menos como se fosse Verão. Hoje há bastante vento, a temperatura arrefeceu, anda muito pó no ar, prelúdio dos dias nublados, sombrios e chuvosos … tristes!
Não gosto deste tempo. Parece que comunica com o sistema nervoso. Ou talvez seja eu que não estou bem e sinto-me triste … gostava de adormecer e só acordar no Verão, no tempo quente e alegre, com sol e calor.
Dizem que o tempo influencia o nosso estado de espírito e eu acredito plenamente nisso.
Espero que comece e acabe depressa. Talvez esteja a ser egoísta, pois é preciso que chova para equilíbrio da natureza e para que tudo se renove … apenas desejo que passe depressa!
Lourdes Henriques

terça-feira, 18 de outubro de 2011

REGRESSO


Regressámos há oito dias às actividades do Clube Sénior. As disciplinas continuam as mesmas, com os mesmos professores, mas desta vez com mais um coração aberto ao voluntariado. Uma jovem, muito jovem, que se propôs aceitar um desafio com os menos jovens, que poderiam ser seus avós … Uma experiência nova de louvar, para quem está em plena juventude …
E vamos tentar formar um CORO. Será que resulta? Faço votos e espero sinceramente que sim, não só por me interessar pela matéria, como também pela experiência que enriquecerá o curriculum dessa jovem menina, a quem desejo antecipadamente boa sorte e muitos êxitos na sua vida futura.
Que esta experiência seja também uma fonte de enriquecimento da sua formação pessoal como SER HUMANO E SOLIDÁRIO.
BEM-HAJA E BOA SORTE.
Lourdes Henriques (Sobral - Biblioteca)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

COINCIDÊNCIA OU DESTINO


Às vezes há coincidências que nos deixam a pensar …
Sei que se trata de animais, mas para mim, são seres que nos foram oferecidos pela natureza, ou por Deus para quem crê. Pode parecer pieguice, mas eu interpreto como sensibilidade. Salvo o devido respeito e diferenças, cada um de sua maneira, tanto amo as pessoas como os animais. Claro que cada qual nos seus devidos lugares. Mas amo-os a todos.
Quando há dez anos perdi a minha cadelinha de estimação, uma caniche dourada, a Tootsie, minha fiel amiga e grande companheira, jurei a mim mesma que não queria mais animais além da gata Natacha que nessa época tinha quatro anos e que coabitou com a cadela durante dois anos. Por portas e travessas, o destino colocou no meu caminho outra caniche, a Xanai, que tinha apenas dois meses e meio e que neste momento já tem dez anos. Jamais esquecerei a Tootsie, mas esta ajudou-me muito a ultrapassar o vazio deixado pela outra.
Durante estes dez anos conviveu amigavelmente (às vezes nem tanto) com a gata Natacha. Agora chegou a vez de a gata nos deixar, pois já tinha catorze anos e meio e estava muito doente. Durante meses tive um grande trabalho e despesa com ela, pois todos os dias tinha que fazer tratamento no veterinário. Tudo fiz para a salvar, mas nada se pode fazer contra a natureza. E uma vez mais jurei a mim própria, e desta vez com absoluta convicção, que não voltaria a ter mais animais, pois com a idade que tenho não sei se ainda conseguiria criar um animal até ao fim dos seus dias. Dedico-me demasiadamente a eles, e tenho plena consciência que sofrem com a minha ausência. E isso, eu não quero.
Mas uma vez mais o destino é que manda … ou será que são coincidências?
Na véspera de mandar efectuar a eutanásia à minha gata, sem que eu me apercebesse, aproximou-se de mim uma gatinha pequena, siamesa, olhos azuis, a miar e pedir colo como se me conhecesse de longa data. A gatinha que eu sempre quisera ter mas que nunca tinha acontecido, e que eu nesta altura da minha vida, jamais pensaria em criar. O seu olhar parecia trazer uma qualquer mensagem que eu não sei qual é, mas tenho a certeza que não foi por acaso que ela surgiu. O meu marido que também já não queria mais animais, apaixonou-se por ela e quis ficar com ela. Para mim isto foi uma novidade, pois ele nunca costuma meter-se nestas decisões. Diz que eu é que sei, mas desta vez deu a sua opinião convicta.
Será que há mesmo coincidências ou é o destino a pôr à prova a nossa capacidade de amar o próximo? Ainda que seja um animal? Ou será “algo superior a nós” a compensar-me pelo desgosto que tive?
Sei que este animal veio amenizar um pouco a falta da minha querida Natacha. Não substitui, mas ajuda a ultrapassar. E assim, tenho uma nova missão além das que ainda me restam: criar a minha nova gatinha a quem pus o nome de ROM ROM, por estar sempre a ronronar e a pedir colo. Se o destino me atribuiu mais esta missão, é porque acha que eu tenho capacidade para tal, e eu aceito-a como uma bênção.
 Lourdes Henriques (Sobral - Biblioteca)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

EUTANÁSIA

Fala-se muito da Eutanásia e muita tinta tem corrido acerca deste polémico tema. Em todo o mundo o assunto é matéria para divergências, sejam elas do tipo religioso ou não. Será que quem discute o problema está realmente preparado para praticar a Eutanásia a um ser querido que lhe pertence? Isso também vai um pouco da sensibilidade de cada um e do estado em que a pessoa a eutanasiar se encontra. Compreendo perfeitamente que haja quem, perante o sofrimento extremo, prefira a morte. Mas que de todo é um passo muito doloroso e complicado de dar, não tenho a menor dúvida. Passo a explicar.
Sem de qualquer maneira querer ferir susceptibilidades nem sequer comparar seres humanos a animais, ainda que de estimação, as coisas não são assim tão fáceis como eventualmente podem parecer.  
Estou num processo de mentalização para mandar efectuar a eutanásia a uma Gatinha de estimação que possuo há catorze anos e meio. Ao longo de todo este tempo tem tido muitos episódios dolorosos, operações, quimioterapia, e sempre tem resistido. Neste momento chegou o mal que será o seu fim, e eu vejo-me com a escolha da sua vida nas minhas mãos. Apesar de todos os tratamentos e exames, é questão de alguns dias. Apenas enquanto não tiver um sofrimento mais doloroso. Nem quero imaginar que o animal que acarinhei durante tanto tempo e que me escolheu a mim para seu “grande amor”, terá que perder a vida por minhas mãos. É de endoidecer. Também sei que uma grande parte das pessoas não se dedica aos animais desta forma. Por vezes penso se não será uma maneira doentia de gostar dos animais, mas desde que me conheço que sempre fui assim. Talvez o mal seja meu, mas não temos culpa da sensibilidade com que fomos dotados.  
E dou comigo a pensar, se isto é com um animal, quão difícil será tomar esta decisão perante o sofrimento de um ente querido da nossa família! Seria bom que quem por vezes discute o assunto não o fizesse de uma maneira leviana como já tenho visto. De acordo com partidos, com religiões, com oportunismos … Talvez fosse melhor dar livre arbítrio sem que fosse necessário discussões nem “teatros oportunistas” como tantas vezes se faz…

Lourdes Henriques (Sobral - Biblioteca)