A
modernidade e a ganância dos homens têm exigências que muitas
vezes acabam por destruir locais saudáveis e belos outrora
habitados, tirando-lhes as suas características e belezas naturais
ao transformá-los em locais ditos de turismo, onde se constroem
grandes empreendimentos e condomínios modernos, apelativos ao
turismo de luxo de quem tem possibilidades para dele usufruir. Em
nome da evolução, trata-se muitas vezes mal a natureza e vão-se
destruindo os vestígios do passado, colocando muitas vezes em seu
lugar grandes mamarrachos
de betão armado, sem beleza, onde as pessoas vivem muitas vezes como
que “encaixotadas” em apartamentos.
Mas
felizmente nem sempre é assim. Ainda há locais que estão
preservados.
Exemplo
disso é a ALDEIA DA MATA PEQUENA, no Concelho de Mafra. Uma velha
aldeia com casas abandonadas, que uma pessoa que ama Portugal tem
vindo a adquirir na sua maioria. As casas velhas e abandonadas vão
sendo restauradas, tentando tanto quanto possível preservar, manter,
melhorar e alindá-las, sem contudo lhes tirar as características
primitivas. Não falta também o local para o Jogo da Malha ou também
chamado de Chinquilho, diversão dos homens de antigamente nas
aldeias, principalmente aos fins-de-semana.
Também
árvores que arrisco mesmo a dizer centenárias, foram tratadas e dos
seus velhos troncos renasceu nova vida, muito particularmente
oliveiras. Uma vida sã, tranquila, sem poluição, onde contudo não
falta a comodidade da água canalizada e luz eléctrica, essenciais
para a vida moderna.
E
não ficou esquecido um café na aldeia, onde se pode também
petiscar.
Até
alguns animais, poucos, característicos da vida rural, têm direito
a esta paz e sossego. Não falta um Pavão, um Cavalo, Cabrinhas,
inclusivamente um Porco afável e muito meigo, que pede carinho e nos
afaga como se de um cão se tratasse.
Felizmente
que ainda vai havendo quem ame a sua terra e que invista na
preservação da natureza, sem causar danos nem destruir o paraíso
natural que nos foi oferecido.
Bem-haja
quem assim pensa e contribui para que ele não acabe.
Lourdes Henriques