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segunda-feira, 24 de março de 2014

COMUNIDADE VIDA E PAZ

A Comunidade Vida e Paz é uma instituição de Solidariedade Social, com personalidade Jurídica e civil, sem fins lucrativos, criada em 1989 e tutelada pelo Patriarcado de Lisboa.
A sua origem está ligada à interpelação sentida por um grupo de católicos sobe a coordenação da irmã “MARIA”, uma religiosa da congregação das servas de Nossa Senhora de Fátima, face à situação de desamparo e carência vividas pelos mais desprotegidos, os que vagueiam e pernoitam pelas ruas, os sem-abrigo. Em seu favor como meio para os libertar da exclusão e da marginalidade Social, a Comunidade Vida e Paz idealizou um projeto de reabilitação, reinserção e dignificação humana e Social, inspirada na doutrina social da igreja e nos princípios do Humanismo Ocidental”
Com base nesta decisão, e ao longo do tempo, vários centros têm vindo a ser criados, encontrando-se espalhados por várias zonas do País, um dos quais na Quinta do Espirito Santo na Sapataria, Sobral de Monte Agraço.
Esta quinta foi doada em 1994 e iniciou a sua atividade em Dezembro de 1997, tendo capacidade para 67 utentes.
Neste centro, desenvolve-se um programa de reabilitação adequado, com vista à recuperação, reintegração social dos indivíduos. É prestado apoio na satisfação de necessidades básicas de sobrevivência, apoio psicológico e Social, cuidados de saúde, participação em ateliers ocupacionais e encaminhamento para ações de formação que permitam a aquisição de competências pessoais e relacionais.”
A Covipaz, empresa de inserção social criada em 2010, e dirigida a ex-utentes, privados de suporte familiar e com dificuldades de integração autónoma no mercado de trabalho, a quem é proporcionado uma experiência/treino sócio profissional ao abrigo de um contrato de trabalho, em ambiente de trabalho protegido nos domínios da construção civil, limpeza urbana e jardinagem, com vista a uma inserção autónoma bem-sucedida naquele mercado. Estando sediada na Venda do Pinheiro.”
Existe também um programa de Apoio Pós-Alta criado em 2010 que garante o
acompanhamento de todos os ex-utentes que após a saída dos programas de tratamento/reabilitação e já autonomizados, careçam de apoio psicossocial, de alojamento ou outro. Os técnicos responsáveis por este programa encarregam-se de estabelecer um contacto regular e permanente com os ex-utentes.” Esta quinta fazia
parte do património de um cidadão Belga, Sr. Julle Loose, há muito a residir em Portugal, não tendo ele descendentes diretos (filhos) decidiu graças à sua generosidade doá-la à Comunidade Vida e Paz, na condição de aí viver até final dos seus dias, e assim aconteceu.
Para além do vasto casario da quinta, também dela faz parte uma área de terreno agrícola, onde constam árvores de fruto e algumas estufas. Sendo aí produzidos produtos hortícolas, cultivados pelos próprios utentes, não só para consumo interno, mas também para serem vendidos nas chamadas “feiras na quinta,” realizadas no primeiro e terceiro sábado de cada mês.
Ali, e quem assim o desejar, pode encontrar a preços bastante acessíveis, desde vestuário, louças, eletrodomésticos, móveis, etc., etc. Todos estes artigos são doados, tendo como finalidade a angariação de fundos para fazerem face às elevadas despesas que uma causa desta natureza envolve. Como todos nós sabemos os apoios prestados são sempre insuficientes. Por isso tudo o que se possa fazer para ajudar esta causa humanitária que tanto faz em prol dos mais desprotegidos, os sem- abrigo, e também famílias em situação de carência extrema, nunca será de mais. Para isso existem várias formas de o fazer, aqui ficam algumas delas: 0,5% do seu IRS reverter a favor da Comunidade Vida e Paz,
502310421
X
COMUNIDADE VIDA E PAZ
fazer uma chamada de valor acrescentado para o nº 760501020, fazer donativos, quer em dinheiro, bens alimentares e outros.
Para dar uma ideia da dimensão da generosidade humana devo dizer que,” a Comunidade Vida e Paz, conta nas voltas da noite com cerca de 600 voluntários que todas as noites saem da sede (Lisboa) rotativamente e organizados em 56 equipas.
Percorrem a cidade de Lisboa em 4 circuitos diferentes “nas carrinhas brancas” parando em 96 pontos da cidade. Com esta intervenção a Comunidade pretende criar uma relação de confiança, escutar e motivar as pessoas sem-abrigo a mudar de vida. De forma a facilitar a comunicação entre os voluntários e as pessoas sem-abrigo, as equipas distribuem alimentos e agasalhos”. 
BEM HAJAM.
Rosa Santos

sábado, 22 de março de 2014

DIA MUNDIAL DA POESIA


O Clube Sobral Sénior Activo comemorou no passado dia 21 o DIA MUNDIAL DA POESIA, com uma pequena “festa”, se assim lhe quisermos chamar, que decorreu no Pavilhão Soeirinho, no Sobral.
Foi efectuado um recital de poesia pelos alunos séniores pertencentes à aula de Artes Cénicas, cujo responsável é o Manuel Augusto Hortênsio, sendo que a abertura e encerramento do evento foi abrilhantado pela actuação do Coro, cuja direcção está a cargo de Pedro Sanguinho.
A par desta pequena demonstração de poesia e canto, que apenas quis mostrar que afinal os mais idosos também conseguem fazer algo de interessante e não são nenhuns inúteis, houve também uma pequenina exposição de alguns trabalhos de Artes Decorativas, Pintura e Artesanato, onde se puderam observar peças com grande trabalho e mérito, direi mesmo, algumas “pequenas obras de arte”.
O Sobral está de parabéns, pois contém no seu seio actividades que poderão contribuir para o bem estar e apoio intelectual daqueles que já deram tudo à sociedade, mas que têm o direito a continuar vivos, e não esperar pela morte dentro de quatro paredes. É pois preciso despertá-los.
Bem-haja às entidades que nos facultam as condições para podermos continuar a viver e conviver, bem assim aos Voluntários que com toda a sua dádiva e generosidade, nos proporcionam momentos tão especiais.
Lourdes Henriques

quinta-feira, 13 de março de 2014

SENTI-ME UMA AVE RARA



Ao deslocar-me a Lisboa com destino a uma consulta num hospital, senti-me uma ave rara.
Nos transportes que tive que utilizar, especialmente no metropolitano, reparei que uma boa percentagem de pessoas, muitos jovens e outros nem tanto, levavam nos seus ouvidos “fones” e nem sequer levantavam a cabeça dos seus modernos “aparelhómetros” que levavam nas mãos, para onde olhavam com avidez e interesse, muitas vezes nem sequer reparando que estavam na paragem onde deviam sair.
E ao chegar à sala de espera do hospital, reparei que o cenário se repetia, ao ponto de um
nome ser solicitado para a consulta e a distração ser tanta, que a utente nem ligou.
Não sei se por estar a atravessar uma fase em que me sinto extremamente sensível, desgastada, mas o que é certo é que me senti desconfortada, como se fosse uma ave rara caída do céu, num planeta que não é o meu. Olhei à minha volta, e poucos vi como eu.
Grupos de amigos sem conversa, apenas interessados nas mensagens, nos Ipad e nesse sem número de modernices, que me senti num mundo de loucos!
Talvez seja eu que estou a ficar louca, mas não.
Não sou retrógrada. Concordo e aceito de bom grado a evolução, as novas descobertas da tecnologia e até sou muito compreensiva e condescendente com os jovens, pois este será (e já o é) o seu mundo. Mas será que deixou de existir tempo para confraternizar, olharem-se nos olhos e viver a amizade? Conversar e trocar ideias com outras pessoas? Apenas lhes interessa um “novo aparelhinho” que acariciam com muito amor entre os seus dedos, como se o seu melhor amigo afagassem!
Abençoada evolução (?)” que está a acabar com os valores sentimentais e familiares, com os laços de ternura, carinho e amor que, na minha perspectiva, são os únicos que nos fazem valer a pena viver!
Lourdes Henriques