Prometi
voltar e, como sempre que posso cumpro o que prometo, aqui estou de
novo a falar das aulas de História. Não pretendo dar uma aula
porque não tenho conhecimentos para isso, apenas vou transmitir o
que ouvi nas aulas, (provocando alguma inveja a quem gosta do tema e,
podendo ter frequentado as aulas, não o fez). O Dr. António
transporta-nos através do tempo de uma forma tão intensa, que nos
leva a apaixonar-nos pelo tema, mesmo sem termos idade para paixões.
Conhecermos o nosso passado é muito importante, para podermos
compará-lo com o presente. Como poderia haver futuro, se não
tivéssemos tido passado?
D.
Afonso Vl, o Vitorioso pelas batalhas que ganhou aos espanhóis,
reinou de 1656 a 1667; estamos já no século XVII. Uma doença que o
atacou em pequeno deixou-o muito debilitado de corpo e de espírito.
Enquanto príncipe e mesmo quando Rei só se juntava a aventureiros,
fazendo grandes distúrbios pelas ruas de Lisboa. Aos dezoito anos,
por instigação do Conde de Castelo Melhor, tomou o poder à mãe e
nomeou o próprio Conde seu ministro. Este revelou-se um grande
estadista.
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1578 |
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1667 |
Portugal
era o principal “porto” da Península Ibérica, os Ingleses
estavam em guerra com a Espanha e a França, a França queria que
Portugal fechasse os portos à Inglaterra e a esta queria que
Portugal fechasse os portos a Espanha e a França. Portugal opta por
ajudar a Inglaterra. Em 1807, Napoleão invade Portugal e os seus
exércitos, comandados por Junot, tomam o reino, mas a corte já
tinha fugido para o Brasil. Era rei de Portugal D. João VI, que já
era regente desde 1792, devido à demência da mãe. Ingleses e
portugueses combateram os franceses na Batalha de Roliça e Vimeiro a
17 de Agosto de 1808; rendido, Junot entrou em negociações com os
ingleses, na chamada Convenção de Sintra, levando tudo o que tinham
saqueado; e assim acabou a 1ª. Invasão francesa.
Em
1809 dá-se a 2ª. Invasão, desta vez comandada por Soult, que
entrou em Trás-os-Montes e dominou todo o Norte até ao Douro e
atacou o Porto; esta invasão foi marcada pelo desastre da Ponte das
Barcas: toda a população quis sair ao mesmo tempo e a ponte não
suportou o peso e ruiu. O General Inglês Beresford organizou outro
exército e combateu os franceses no Porto, enquanto Wellesley se
encaminhou para Viseu e Lamego. Soult, perseguido, fugiu para a
Galiza.
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Forte de Alqueidão |
Diversos
outros temas foram focados, factos importantes que se deram, e também
pessoas de grande relevo para o desenvolvimento do País. Até
ficamos a saber como o Morgado da Luz, de Carnide, se juntou ao
Morgado do Sobral; e que os Irmãos Cruz, no século XVIII, tinham
uma fábrica de algodão no Sobral…
O
que acha? É ou não de interesse o que se abordou? Isto é só uma
pequena amostra. Por mim gostei muito e espero ter oportunidade de
continuar para o próximo ano.
Maria Alexandrina Reto
Maria Alexandrina Reto
Mais curiosidades da História de Portugal poderia eu chamar a este comentário. Curioso que a D. Alexandrina nos cite Junot, que “reinou” em Portugal aquando da 1ª Invasão Francesa. O mesmo Junot que, anos mais tarde, já na 3ª Invasão, ocupou o Sobral. Socorro-me do livro “As Linhas de Torres Vedras”, editado pela PILT em Abril de 2011: “… Massena instalou o seu quartel-general em Alenquer (…) e o 8º corpo, de Junot, em Sobral de Monte Agraço. (…)”.
ResponderEliminarSei pouco do que se passou de facto durante essa ocupação, mas é certo que houve combates e que “… a vila da Ribaldeira, o concelho do Cadaval … e o de Sobral foram invadidos pelo exército francês, sofrendo destruições e saques.” E é seguro que foi aqui no Sobral que teve início o fim do domínio napoleónico sobre a Europa ... Nada mau, como cartão de visita desta Terra. Vale a pena visitar o CILT para se ficar a conhecer um pouco mais desta época e de como as coisas aconteceram.
Mais curiosidades, mais histórias da História são uma forma leve e indispensável para compreendermos melhor o nosso presente, como nos lembra a autora. E em "férias", então, não deixam que a mente enferruje tanto, nem tão depressa.
José Auzendo
Amiga Alexandrina
ResponderEliminarQuero felicitá-la pela seu poder de absorção e capacidade em nos transmitir factos históricos, suas datas e pormenores, com tanta precisão. Parabéns também ao Dr. António pela maneira como consegue ensinar os seus preciosos conhecimentos com tanto pormenor e de modo a que pessoas que já têm bastantes lacunas devido à idade, ainda conseguem uma aprendizagem fantástica. Além do seu tempo, o seu empenho é de louvar, e nunca é demais lembrar, A TROCO DE NADA. Obrigada pelo seu gesto.
Desisti da História por não ser de todo algo que me prenda a atenção. Tentei, mas o meu poder de concentração e desinteresse pela matéria, fez-me desistir. Mas isso não impede que reconheça o valor de quem ministra a aula e também de quem lhe absorve todos os pormenores.
Quero deixar aqui o meu grande abraço aos dois, e faço votos para que estas aulas consigam cativar de uma maneira sempre positiva todos os que a frequentarem.
Lourdes Henriques.