Participar activamente... |
Este
é, felizmente, apenas mais um dos eventos culturais a que a
edilidade presta o seu apoio, o que indiscutivelmente põe o concelho
numa linha interessante de apoio à cultura que muito deve
alegrar os seus munícipes. Mas , o meu escrito tem outros objectivos
que não a notícia já dada.
Assim,
sou um dos vários participantes do projecto SOBRAL SÉNIOR ACTIVO
do concelho e além de participar , quero afirmar o orgulho que tenho
em o poder fazer. Sou dos que pensam e acreditam que os
“seniores”, actual designação do que
anteriormente eram referidos como “velhos”, são importantes na
vida diária duma sociedade, e não “objectos descartáveis” como
certos comportamentos induzem pela forma hostil como
nos tratam.
Sou
dos que acreditam que é na colaboração geracional, com respeito e
amizade, poderemos construir uma vida colectiva e social melhor e
mais conseguida, mas para que isso seja a realidade é necessário
que os ditos “ seniores” queiram ser parte activa e activa da
vida quotidiana da sua comunidade. Não é salutar estar sempre
“contra”, só a
colaboração honesta mas sem preconceitos poderá
conduzir a um futuro participado e partilhado.
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A força da coesão... |
Foi
isso, penso eu, que aconteceu quando no evento, atrás referido,
aconteceu a intervenção de um participante no projecto SOBRAL
SÉNIOR ACTIVO integrou activamente o mesmo.
Por
isso aproveito para dizer que espero e desejo que este facto possa
mostrar e motivar a participação de quem deseja participar na
vida da SUA TERRA e aproveitar as suas disponibilidades e capacidades
para colocar como forma de colaborar na vitalidade da sua comunidade
e, assim, ajudar a perpetuar o passado e a reforçar o presente dessa
realidade perene que deve ser o nosso “torrão natal”.
PARTICIPEM,
CREIAM QUE VALE A PENA
Manuel Augusto
Manuel Augusto
ResponderEliminarTambém eu faço parte do Grupo Sénior do Sobral e confesso que gosto muito de participar com empenho.
Por vezes há eventos que se "chocam" com ocasiões que por qualquer motivo ou outros compromissos, não me permitem comparecer.
Mas tem toda a razão quando diz que, com respeito e amizade, é salutar a convivência intergeracional. E é de facto, sim, necessários que os séniores queiram participar, pois da sua colaboração e boa vontade depende a existência e continuidade da "história" deste cantinho tão pitoresco.
Um abraço
Lourdes.
Há três anos que participo nas aulas do Sobral Sénior Activo; como gosto de estar sempre a aprender, sou uma participante assídua; conheci pessoas extraordinárias que nunca teria conhecido se continuasse em casa numa “inércia” quase total, em que o sair de casa representava um sacrifício.
ResponderEliminarO Sobral, um concelho pequeno, dispõe do que muitos concelhos maiores não dispõem. Claro que sem a disponibilidade da Câmara seria quase impossível a criação de um núcleo de ensino, mas devemos muito a quem voluntariamente nos lecciona; nenhum professor mora na vila, têm que se deslocar de suas casa, nas suas viaturas para, gratuitamente, nos aturarem. E as aulas não são só no Sobral, alguns professores também dão aulas na Sapataria.
Os velhos gostam de escutar quem sabe mais do que eles. Aprendemos todos os dias e não só o que vem nos livros: também a amizade e o respeito pelos outros estão presentes em todas as aulas, convivemos e tornamo-nos mais activos e solidários.
O Manuel Augusto é meu professor e colega, e é com muito gosto que também o vejo aparecer por aqui…Pois, meu amigo, por minha parte eu estou muito grata a todos, professores e colegas, que transformaram o meu dia a dia. Por isso só posso fazer um apelo a quem visita o blogue e que não ousou inscrever-se no Clube Sénior:
Participe que vai gostar…
##....Claro que sem a disponibilidade da Câmara seria quase impossível a criação de um núcleo de ensino.....##
EliminarEntão isto não faz parte das suas atribuições e competências? Claro que sim que faz. Só tem mesmo é de colaborar, não faz nenhuma espécie de favor!!!!!
M Joaquina Elias
Muito bem observado amiga Jaquina. Era o que mais faltava terem um grupo de voluntários a querer dar aulas de borla e virar-lhe as costas.
EliminarAlzira
Concordo com a Joaquina e com a Alzira. As Câmaras deveriam contemplar nas suas actividades abertura para estas iniciativas.
EliminarMas nem sempre é assim!
Posso relatar a minha experiência aquando pretendi desenvolver a actividade de sensibilização à informática para velhos, já lá vão uns anos.
Propus o projecto à Câmara de Arruda e depois de reuniões entusiásticas ao longo de seis meses...não deram andamento.
Fiz o mesmo à Câmara de Alenquer e... não deram andamento.
Sobral foi a minha 3ª escolha. Colocaram todos os recursos , não só na sede do concelho como depois na Sapataria, à minha disposição.
Chego à conclusão que não basta ter meios, é preciso ser-se sensível às causa e por isso concordo como já acima disse com as observações da Joaquina e Alzira.
Pelos vistos amiga "Alzira" há quem vire as costas aos voluntários...
EliminarJoaquina é verdade a Câmara Municipal de Sobral de Monte Agraço não faz favor nenhum em se disponilizar para este género de iniciativas, " está na suas atribuições e competências", também acho, mas como o Professor Afonso escreveu nem todas as Câmaras estiveram disponíveis. Lembra-me a frase:"Todos os animais são iguais, mas uns são mais iguais do que outros". Cada um tem as suas disponibilidades
Como nunca li comentários vossos fico muito satisfeita de vos ler...Colaborem mais vezes...Não me decepcionem.
Maria Alexandrina
Tenho a convicção de que, quando andei na catequese, me ensinaram que eram oito as bem aventuranças. Mais tarde, não sei se bem se mal, vi referidos outros números, que seriam dez ou até doze. Não interessa: mesmo que sejam vinte … faltar-lhes-à, seguramente, a bem aventurança que se aplicaria a este apelo final do Manuel Augusto: “bem-aventurados os perseverantes, pois nunca conhecerão o inferno do tédio”. Terão sempre, acrescento eu, alguém a quem convocar para a participação activa na vida da comunidade, terão sempre mais um apelo público a fazer. Força Manuel Augusto. Até que a voz lhe doa, como canta Amália, outra perseverante.
ResponderEliminarAuzendo
Sou um "fanático" da amizade e da convivência, não faço questão de analisar antes de provar, mas sim o de conhecer e usufruir do que a vida me vai proporcionando e, a partir daí, reflectir sobre o meu lugar como forma de acrescentar mais ao que acho que me cativa ou retirar-me discretamente para não perturbar. Vem isto a propósito de quando abro o meu computador me dirigir ao blogue " Gente Gira" para poder usufruir do prazer de compartilhar; mesmo quando nada escrevo, dum local onde tenho encontrado muita qualidade, só possível pela validade intelectual e humana, de que muito tenho beneficiado. Aqui encontro um grupo de amigos , alguns que só conheço "em linha" que me fazem sentir integrado numa sociedade que não tão poucas vezes me parece não ser a minha. Afinal se não quisermos ser parte integrante da realidade, mesmo quando não é bem a nossa, como poderemos e com que direito criticar. Grato pelo que me têm oferecido a única garantia que vos posso dar, não porque seja importante ou dela precisem, é: Juntos e activos a nossa voz pode nada alterar, mas ,certamente, ajudará a viver, e afirmar que estamos vivos é uma "obrigação" de quem quer participar. Eu quero estar vivo e creio que os meus amigos também.
ResponderEliminarMesmo não me considerando eu, não sendo mesmo, fanático de coisa nenhuma, e mesmo até não tendo qualquer tipo de simpatia por qualquer tipo de fanatismo, eis que estamos completamente de acordo, seu Manuel Augusto: juntos e activos podemos nada alterar ... mas afirmamos que estamos vivos. Gosto da formulação.
EliminarEm tempo: eu vi as aspas naquela terceira palavra...
Auzendo