Quando
assisti ao
Festival de
Folclore do
Rancho de
Fetais, tomei
conhecimento da
existência da
Associação do
Distrito de
Lisboa para
a Defesa
da Cultura
Tradicional Portuguesa,
que se
fez representar.
Depois, no
Festival do
Grupo da
Seramena (ver,
no blogue,
textos de
16 e
31 de
Julho) constatei
que o
Presidente do
Rancho de
Fetais, o
Sr Henrique
Ganchas, era
ali o
representante dessa
Associação e
que a
sede dela
era no
Sobral de
Monte Agraço.
Provavelmente, é
a única
entidade distrital
que tem
sede no
Concelho…Pareceu,
por isso,
que era
tema para
trazer ao
blogue.
A
ideia da
criação desta
associação surgiu
num curso
de formação
no INATEL,
com o
objectivo de
contribuir para
preservar a
cultura tradicional
portuguesa, ajudando
os ranchos
folclóricos a
representarem cada
vez melhor
as suas
terras, as
suas genuínas
tradições e
costumes, isto
é, a
serem “representativos”.
A Associação
constituiu-se em
Dezembro de
1993. Até
2008 não
teve Sede,
reunia aqui
ou ali,
nas sedes
dos ranchos
associados, Belas,
Bemposta, Sabugo,
Frielas, Torres
Vedras…Em
2008, o
Municipio do
Sobral cedeu
instalações para
a sede
da Associação,
na Rua
da Misericórdia.
Sobral porque
os dois
ranchos do
Concelho se
empenharam na
Associação e
são seus
sócios efectivos.
Podem
ser sócios
da Associação
ranchos folclóricos
de todo
o Distrito
de Lisboa…Existem
dois tipos
de sócios:
os “auxiliares”
e os
efectivos. São
sócios efectivos
aqueles que
a Direcção
da Associação
considera representarem
correctamente as
tradições e
costumes das
terras que
invocam, de
acordo com
as recolhas
localmente efectuadas
e documentadas,
com vídeos,
gravação de
relatos dos
contactos havidos,
fotografias…Isto
abrange os
trajes, as
danças, as
canções, a
música. Todos
os grupos
têm Tocata.
Os Ceifeiros da Bemposta |
A
Associação, e
outras idênticas
que existem
pelo País,
tem uma
acção de
complementaridade em
relação à
Federação do Folclore Português.
Neste momento,
a Associação
tem 19
sócios auxiliares
e 25
sócios efectivos,
o que
pode representar
aí umas
2000 pessoas,
entre bailadores,
cantadores, músicos,
ensaiadores. E
muita outra
gente que
está na
rectaguarda, mas
directamente ligada
aos grupos.
Para além
dos grupos
que menciono
mais abaixo,
fazem parte
dos corpos
sociais da
Associação o
Rancho Tradicional
de Cinfães,
o Rancho
Folclórico de
D. Maria,
o Rancho
Folclórico do
Carregado e
o Grupo
Etnográfico de
Alverca. Curioso
é constatar
que, em
Lisboa, existem
muitos grupos
representando outras
terras e
regiões do
País…
Visita à sede do Rancho em Bemposta |
A
ideia de ceder à Associação instalações para a sua sede rende
naturalmente alguma projecção ao Sobral, pelo menos em todo o
Distrito de Lisboa. Mas de todo o lado chega ao Sobral pelo menos
correspondência, de Associações congéneres, da dita Federação,
e de outros Ranchos Folclóricos…que são, no País, umas centenas,
se não milhares…
José
Auzendo
Este texto do Professor Auzendo, trouxe-me ótimas recordações, de quando nos fins dos anos setenta e início dos anos oitenta, os Ranchos Folclóricos se foram renovando ou nascendo. O meu marido não tinha mãos a medir, a fazer trajes para os mais diversos Ranchos do Distrito de Lisboa, onde se incluiu o da Bemposta.
ResponderEliminarComo convidados, assistimos aos mais diversos encontros de Ranchos, onde vimos atuar grupos desde do Norte ao Sul do País. O meu marido tem guardadas, com muito carinho, diversas medalhas, que lhe foram oferecidas nesses encontros.
Assistimos à inauguração da Sede dos Ranchos do Milharado e da Bemposta, e nesses Ranchos o meu marido fez amigos. Hoje serão com toda a certeza outras pessoas, outros bailadores e outros ensaiadores, mas de vez em quando ainda procuram o meu marido quando precisam de renovar o guarda-roupa.
Desconhecia que no Sobral estava situada a sede da Associação do Distrito de Lisboa para a Defesa da Cultura Tradicional Portuguesa, mas sei que a Câmara Municipal do Sobral está sempre disponível no apoio às entidades que a procuram, por isso, não me admirei.
Para que não se percam as tradições e a bem de quem faz esforço para que isso não aconteça, vai o meu obrigada e continuem…
Maria Alexandrina
Bem-haja Professor Auzendo por ter trazido à tona mais uma "descoberta" cultural desta terra. É muito bom que o Sobral vá acolhendo de braços abertos todas estas iniciativas, pois tudo isso contribuirá para a sua projecção no país.
ResponderEliminarE tal como diz a amiga Alexandrina, é preciso que não se percam as tradições, e para todos os que colaboram nestes trabalhos, o meu obrigada.
Lourdes Henriques.
que boa opurtunidade,para fazer umas perguntinhas ao nosso amigo Recto,deve ter boas historias.Por vistos o nosso auzendo não fica no desemprego.
ResponderEliminarLisete
Correndo o risco de me estar sempre a repetir, agradeço a este blogue a sua dedicação e oportunidade em nos esclarecer sobre o que se passa nesta terra. Lamento não conseguir perceber até que ponto esse seu esforço e dedicação é apreciado, pois não vejo ninguém com influência tentar dizer qualquer coisa ou até mesmo dar ideias para que os sobralenses se envolvam nas coisas da sua terra.
ResponderEliminarGostei muito deste artigo era qualquer coisa que nem me passava pela cabeça. Afinal é de louvar o trabalho feito pelos ranchos, não é só dançar pelos vistos é bem mais trabalhoso.
Adelaide
O "risco" de nos repetirmos, D. Adelaide, é comum a quem escreve, as palavras são sempre as mesmas, só que ordenadas de forma diferente. Não receie, por isso, repetir-se: eu também estou sempre a repetir-me. Depois, as suas palavras dão alento a todos os que aqui colaboram mais activamente: é sempre importante saber, lendo, que trouxemos algo de novo a alguém. Ou, pelo menos, que lembrámos e registámos alguma coisa que estava a cair no esquecimento.
EliminarE também seria útil se nos dissessem, falo por mim, que escrevemos isto ou aquilo que "não interessa a ninguém". Só esta interacção pode melhorar o nosso trabalho.
Já agora, D. Adelaide, há muito que sinto que pode dar-nos algo mais do que "comentários"...Pelo menos nos cabeçalhos dos meus "Destaques" encontra o e-mail do Blogue: não quer experimentar?
José Auzendo
Muito obrigada Sr. Auzendo por continuar a mostrar o que há de melhor na nossa terra.
ResponderEliminarEu tenho tido há já uns anos o privilégio de acompanhar a Associação desde a altura em que não havia sede e como deverão imaginar foi com grande satisfação que acompanhei também a fixação da sede em Sobral.
É realmente uma honra fazer parte de um grupo constituído por pessoas fantástica, de objectivos centrados num mesmo fim: Melhorar e preservar a cultura e a tradição dos nossos povos. Posso referir que era ainda muito novinha quando comecei este percurso e que muito do pouco que sei hoje se deve a estas pessoas que integram mais activamente a associação, e que por isso lhes estou imensamente grata.
Gostaria de dizer que a Associação tem a sua principal intervenção com os grupos de etnografia e folclore uma vez que estes existem em maior quantidade espalhados pelo nosso país, mas qualquer instituição que pretenda honrar a cultura tradicional portuguesa é bem-vinda pois o caminho da vida é um caminho de aprendizagem sempre em evolução e falando no meu caso específico, tem sido muito gratificante e enriquecedor e no caso do grupo de que faço parte, o Rancho Folclórico As Cerejeiras de Fetais, também posso dizer que foi um importante motor de desenvolvimento para que pudéssemos hoje apresentar o nosso trabalho.
O folclore e a etnografia deveriam merecer mais respeito por parte de todos, uma vez que honra e homenageia o nosso povo. Felizmente no nosso Concelho sentimo-nos acarinhados e valorizados e graças a textos destes, algumas pessoas que não estão inteiradas da realidade passam também a conhecer a nossa intervenção por isso o meu muito obrigada e até sempre.
Hortense Bogalho