
Lisboa das Sete colinas,
Dos pregões e das varinas,
Das guitarras a trinar,
Foste o berço dos que outrora
Saíram pelo mar fora
P’ra novos mundos desbravar.
És linda todos os dias,
E a beleza que irradias
Não há no mundo outra igual.
Tens sangue puro, bairrista,
Tens o porte de fadista,
Coração de Portugal.
P’los poetas exaltada,
És a moira encantada,
Tens lendas sem mais parar.
Tens no alto o teu castelo,
Que elegante e sempre belo
Brilha, em noites de luar.
O lindo Tejo a teu lado,
Teu eterno namorado
Só para ti sabe olhar.
E o turista quando chega
Logo a ti se agarra e apega,
E já não quer regressar.
Por todo o lado pombinhos,
Raro se vêm seus ninhos
Mas eles, por aí estão,
E em constante liberdade
Esvoaçam p’la cidade,
E depenicam no chão.
E nestas linhas banais,
Simples e pobres de mais,
Escritas ao correr da mão,
Eu presto a minha homenagem
A ti Lisboa, miragem
Da minha imaginação!
Homenagem a Lisboa, minha terra natal.
Lisboa, 30 de Agosto de 1996.
Lourdes Henriques (Sobral - Biblioteca)
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