
A
sua origem está ligada à interpelação sentida por um grupo de
católicos sobe a coordenação da irmã “MARIA”, uma religiosa
da congregação das servas de Nossa Senhora de Fátima, face à
situação de desamparo e carência vividas pelos mais desprotegidos,
os que vagueiam e pernoitam pelas ruas, os sem-abrigo. Em seu favor
como meio para os libertar da exclusão e da marginalidade Social, a
Comunidade Vida e Paz idealizou um projeto de reabilitação,
reinserção e dignificação humana e Social, inspirada na doutrina
social da igreja e nos princípios do Humanismo Ocidental”
Esta
quinta foi doada em 1994 e iniciou a sua atividade em Dezembro de
1997, tendo capacidade para 67 utentes.
“Neste
centro, desenvolve-se um programa de reabilitação adequado, com
vista à recuperação, reintegração social dos indivíduos. É
prestado apoio na satisfação de necessidades básicas de
sobrevivência, apoio psicológico e Social, cuidados de saúde,
participação em ateliers ocupacionais e encaminhamento para ações
de formação que permitam a aquisição de competências pessoais e
relacionais.”
“A
Covipaz, empresa de inserção social criada em 2010, e dirigida a
ex-utentes, privados de suporte familiar e com dificuldades de
integração autónoma no mercado de trabalho, a quem é
proporcionado uma experiência/treino sócio profissional ao abrigo
de um contrato de trabalho, em ambiente de trabalho protegido nos
domínios da construção civil, limpeza urbana e jardinagem, com
vista a uma inserção autónoma bem-sucedida naquele mercado.
Estando sediada na Venda do Pinheiro.”
“Existe
também um programa de Apoio Pós-Alta criado em 2010 que garante o
acompanhamento de todos os ex-utentes que após a saída dos programas de tratamento/reabilitação e já autonomizados, careçam de apoio psicossocial, de alojamento ou outro. Os técnicos responsáveis por este programa encarregam-se de estabelecer um contacto regular e permanente com os ex-utentes.” Esta quinta fazia
acompanhamento de todos os ex-utentes que após a saída dos programas de tratamento/reabilitação e já autonomizados, careçam de apoio psicossocial, de alojamento ou outro. Os técnicos responsáveis por este programa encarregam-se de estabelecer um contacto regular e permanente com os ex-utentes.” Esta quinta fazia
parte do património de um cidadão Belga, Sr. Julle Loose, há muito
a residir em Portugal, não tendo ele descendentes diretos (filhos)
decidiu graças à sua generosidade doá-la à Comunidade Vida e Paz,
na condição de aí viver até final dos seus dias, e assim
aconteceu.
Para
além do vasto casario da quinta, também dela faz parte uma área de
terreno agrícola, onde constam árvores de fruto e algumas estufas.
Sendo aí produzidos produtos hortícolas, cultivados pelos próprios
utentes, não só para consumo interno, mas também para serem
vendidos nas chamadas “feiras na quinta,” realizadas no primeiro
e terceiro sábado de cada mês.

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COMUNIDADE
VIDA E PAZ
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Para
dar uma ideia da dimensão da generosidade humana devo dizer que,”
a Comunidade Vida e Paz, conta nas voltas da noite com cerca de 600
voluntários que todas as noites saem da sede (Lisboa) rotativamente
e organizados em 56 equipas.
Percorrem
a cidade de Lisboa em 4 circuitos diferentes “nas carrinhas
brancas” parando em 96 pontos da cidade. Com esta intervenção a
Comunidade pretende criar uma relação de confiança, escutar e
motivar as pessoas sem-abrigo a mudar de vida. De forma a facilitar a
comunicação entre os voluntários e as pessoas sem-abrigo, as
equipas distribuem alimentos e agasalhos”.
BEM HAJAM.
Rosa Santos