tag:blogger.com,1999:blog-2680265526428289799.post996917999493523294..comments2023-04-05T10:49:20.380+01:00Comments on SobralSenior - Gente Gira: Soldados e…Soldados SobralSeniorhttp://www.blogger.com/profile/01329973667613057635noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-2680265526428289799.post-33426441200000948952013-01-05T12:44:41.056+00:002013-01-05T12:44:41.056+00:00Alexandrina,
A mim não me deixou uma ideia errada ...Alexandrina,<br />A mim não me deixou uma ideia errada que gerasse a necessidade de explicação. Percebi o que escreveu e em troca coloquei a minha vivência.<br />Depois, também não sou capaz de criticar alguém que em consciência viva de uma forma diferente da minha.Posso não concordar mas respeito.<br />A autenticidade, é por vezes entendida como "menor". E há quem se posicione na cúpulas sem merecer estar na base sequer por demérito do seu arrastar pela vida, num faz de conta permanente... Afonso Fariahttps://www.blogger.com/profile/00105135215274152190noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2680265526428289799.post-86249588127994317732013-01-05T10:32:08.521+00:002013-01-05T10:32:08.521+00:00Meus amigos não sei se deixei a ideia errada de qu...Meus amigos não sei se deixei a ideia errada de que choro sobre as campas e que para celebrar a morte me tenho de encapuzar, longe disso: Eu recordo os meus mortos como se tivessem vivos, lembro-me do que disseram, do que pensariam disto ou daquilo,e a prova disso é que os tenho trazido aqui, pela minha mão, para que sejam lembrados, mas não com o saudosismos das flores ou de outros rituais, mas com muito e muito amor.<br />Maria AlexandrinaMaria Alexandrinanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2680265526428289799.post-92187539758324985302013-01-04T23:18:53.247+00:002013-01-04T23:18:53.247+00:00Pegando na ideia da Alexandrina, recordo que quand...Pegando na ideia da Alexandrina, recordo que quando os bombeiros estavam no edifício antigo, ou seja na rua Miguel Bombarda, quando soavam os primeiros toques da sirene, era ver os bombeiros em trajes menores e descalços a correrem para o quartel, muitas vezes em cima dos carros a vestirem os fatos-macaco, e a vizinhança à porta com expressão apreensiva a tentar saber onde seria o desastre. Tenho a certeza de que hoje não é assim.<br /><br />A respeito das idas ao cemitério, concordo, cada um homenageia à sua maneira…Só falta fazer um concurso para ver quem tem a campa mais bonita! A minha filosofia é diferente: tratem-me bem, visitem-me em vida, não tragam flores (e eu gosto muito de flores) mas tragam um sorriso. E os amigos venham a minha casa... Isto não significa que, quando vou ao cemitério, não pare nas campas das pessoas amigas e queridas. Mas meus mortos estão sempre comigo.<br /><br />Lisete<br />Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2680265526428289799.post-25109922054162684602013-01-04T17:50:57.226+00:002013-01-04T17:50:57.226+00:00Da minha infância, entre os 3 e os 15/16 anos, lá ...Da minha infância, entre os 3 e os 15/16 anos, lá nos fundos do Norte, guardo recordações algo traumatizantes dos cemitérios, a que fazia visitas obrigatórias pelo menos uma vez por semana, a seguir à missa dominical. Tinha familiares enterrados em duas freguesias contíguas, e então os cemitérios eram dois…Mas logo na sexta ou no sábado anterior alguém tinha de lá ir “compor” as campas, que iriam as pessoas pensar e dizer se alguma delas não estivesse florida de fresco...<br /><br />E depois chorava-se (era também obrigatório, quem não chorasse não tinha alma, coração, sei lá que mais) e cochichava-se sobre o arranjo (a falta dele) desta ou daquela campa: têm tanto dinheiro, tanto tempo para tudo e não têm tempo para cuidar dos mortos … E havia os jazigos, muitos mais ricos que a casa em que eu vivia, havia as campas perpétuas, as campas rasas…Qual igualdade na morte qual carapuça.<br /><br />Este culto dos mortos foi-se afastando das minhas preocupações: pelo passado, mas também por outras razões que a vida adulta foi carreando. Se o Afonso Faria mo permite, repito com ele que aprendi “a guardar e respeitar as memórias mesmo sem corpos nem túmulos.” Claro que, face ao texto da Alexandrina, é quase injusto escrever o que estou escrevendo: ela não se debruça sobre as campas dos seus mortos, antes chama para a formatura os nomes daqueles que, de uma maneira ou de outra, “da lei da morte” se libertaram. Mas a Alexandrina tem, frequentemente, este condão: levar-me a recordar coisas que julgava já bem enterradas e não pensava exumar… <br /><br />Estranhamente, não recordo que, lá, pelo Natal, se pensasse muito nos mortos ou em cemitérios.<br /><br />José AuzendoJosé Auzendohttps://www.blogger.com/profile/00451452990124313235noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2680265526428289799.post-1638264008978954322013-01-04T09:48:16.011+00:002013-01-04T09:48:16.011+00:00Alexandrina,
O seu apontamento transportou-me déca...Alexandrina,<br />O seu apontamento transportou-me décadas atrás.Quando miúdo,em casa do meu avô, dia de Natal era almoço de família e, depois do cacau em vez de café (nunca soube explicar porquê),o clã caminhava pachorrentamente e em amena cavaqueira até ao cemitério.Era o momento da evocação dos ausentes (que eu nunca conhecera) mas que se integravam no momento da FAMÍLIA.<br />Quanto aos outros, aqueles que morreram na guerra colonial, prestei "honras militares" ainda cá e cheirei a morte na Guiné. <br />Aprendi à força a guardar e respeitar as memórias mesmo sem corpos nem túmulos.<br />Aprendi a viver com a ausência da vida,e ainda bem que tenho memória.Enquanto ela existir,a guerra para mim será sempre um acto bárbaro.<br />Afonso Fariahttps://www.blogger.com/profile/00105135215274152190noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2680265526428289799.post-12746251637261266962013-01-04T00:57:47.948+00:002013-01-04T00:57:47.948+00:00Querida amiga Alexandrina
Felicito-a pela sua Hom...Querida amiga Alexandrina <br />Felicito-a pela sua Homenagem aos "Soldados e ... Soldados", tendo todos eles, embora de formas diferentes, sacrificado as suas vidas pelas dos outros. Também o meu Pai foi um "Soldado" que veio acabar os seus dias em Portugal por não ter condições físicas para continuar a lutar na Guiné. Por isso, quero dedicar esta Homenagem que a minha amiga fez também ao meu Pai, apesar de não se encontrar nesse talhão que visitou. Obrigada.<br />Um abraço da <br />Lourdes. Lourdes Henriqueshttps://www.blogger.com/profile/01155514480762014011noreply@blogger.com